Por Rosa Maria Corrêa
A Casa Nem, que desenvolve atividades e abriga pessoas LGBTQIA+, denuncia que desde fevereiro vem sofrendo ataques tendo tido a Kombi que utiliza vandalizada. Na segunda (15) sofreu invasão de sua sede, que fica no Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.
A Casa Nem acolheu uma pessoa LGBTQIA+, que completou 18 anos em janeiro, e que buscou acolhimento por motivos de desrespeito e agressões que sofria em domicílio , desde os 14 anos , em virtude de sua identidade de gênero. O pai e a irmã dessa vítima, ambos militares da Marinha, invadiram a Casa, usaram da força para levar a vítima. Junto com a mãe, o pai e a irmã , ainda, ameaçaram e agrediram os ocupantes da Casa Nem que os impediram.
A PM, acionada pelo pai, chegou ao local, mas tomou partido dos agressores e agiu de forma truculenta e desrespeitosa com ofensas verbais aos acolhidos na Casa Nem. Os policiais saíram do local, dizendo que estavam indo para a Delegacia, mas liberaram os invasores!
“Queremos apenas viver em paz”
O caso foi registrado pela direção da Casa Nem na delegacia, que investigará o caso. Órgãos de proteção à Diversidade no Município e Estado do RJ também foram acionados para que sejam tomadas as devidas providências. “Ser LGBTQIA+ é isso, mas não deveria ser assim. Queremos apenas viver em paz”, disse um dos ocupantes da Casa Nem.
“Fatos como esses nos colocam em primeiro lugar em mortes às pessoas da população TRANS. Não admitiremos que mais vítimas sejam ceifadas das suas vidas e desrespeitadas nos seus direitos humanos”, declarou a Frente LGBTQIA+ em nota de apoio à Casa Nem.
Desde 2016, o Sindipetro-RJ apoia o projeto “Prepara Nem”, curso pré-vestibular gratuito dirigido pela Casa, que utilizava, até o início da pandemia, as dependências do Sindicato. Toda solidariedade à luta da Casa Nem contra a LGBTIA+fobia.