Nesta quarta (23) a Petrobrás anunciou o início das operações para a venda completa da Transportadora Brasileira Bolívia-Brasil (TBG) e da Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A. (TSB), compreendendo respectivamente participações de 51% e de 25%.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) atrasou o processo. No planejamento inicial da empresa, em compromisso assumido inclusive com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade), a TBG deveria ser vendida em março para se finalizar o processo neste mês dezembro. Mas a ANP demorou para definir a Base Regulatória de Ativos (BAR) da TBG.
Castello Branco conseguiu resultados ao expor a ANP em rodas de negócios como sendo a responsável pela morosidade dos processos de privatização. E agora tem pressa, lançando o teaser na véspera das festas de fim de ano. Teaser-TBG-TSB-23-12-2020
Sem dívidas e quadro enxuto
Desta vez, o Brasil poderá perder uma gigante que opera ininterruptamente pelo menos 30,1 milhões de m³/dia de gás natural no trecho em São Paulo. O gasoduto de 2.593 km, tem início em Mato Groso do Sul, percorre 136 cidades em cinco estados e atende sete distribuidoras.
A TBG nunca deu prejuízo nem há dívidas atuais. Possui pouco mais de 200 empregados concursados. Foi criada em 1998 para garantir a sustentação da matriz energética numa época em que os apagões assustavam os brasileiros.
Na classificação de empesas por valor da riqueza criada por empregado, a TBG está em 14º lugar com 1.364, 6 dólares.
A TSB está conectada às principais cidades do Rio Grande do Sul. Na extremidade leste, a TSB se conecta com a TBG e na oeste com o gasoduto da Transportadora de Gas del Mercosur (TSB).
O que será que Bolsonaro e Guedes darão a Castello Branco de presente de natal por ser tão lesivo à PETROBRÁS e aos interesses brasileiros?