Nível de risco de contaminação, o chamado R, disparou no estado do Rio de Janeiro

Estudo da UFRJ e mapa da SES confirmam situação preocupante com alta de internações em 313%

Para medir a propagação da COVID-19, a Universidade Federal do Rio de Janeiro criou o covidímetro. A ferramenta, produzida pelo Grupo de Trabalho Multidisciplinar para o Enfrentamento da COVID-19, está sendo usada desde 2020. Nesta segunda (24), de acordo com os registros de 2022, entre os dias 9 e 15 de janeiro, o índice que mede quantas pessoas saudáveis um infectado é capaz de contaminar está em 2,54 no estado do Rio de Janeiro. Na capital, o R é ainda maior: 2,61. Segundo os estudiosos da Universidade, quando o R está acima de 2 já se pode começar a falar em medidas rigorosas, como por exemplo o lockdown.

Protocolos devem ser retomados

De acordo com o mapa de risco da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o estudo da UFRJ está correto. O mapa oficial divulgado na quinta (20) pela SES mostra que todas as regiões – com exceção da Noroeste – que estavam com risco baixo e muito baixo voltaram a apresentar aumento nos indicadores da pandemia nas últimas semanas. Entre as semanas de 26 de dezembro a 15 de janeiro, as internações passaram de 89 para 368.

A SES está recomendando que todos os municípios, incluindo a capital, que tiveram o aumento do risco devem retomar protocolos como a proibição de aglomerações.

Mas, apesar do documento técnico da SES e o estudo da UFRJ serem evidências da situação que requer ação urgente dos governantes, o governador negacionista Cláudio Costa segue sem exigir medidas protetivas simples como a fiscalização do uso de máscaras nos transportes públicos, tolerando também o relaxamento na exigência do comprovante de vacinação.

Proliferação entre petroleiros

Refletindo a situação estadual, os casos entre os petroleiros também se mantém em um patamar altíssimo. Nos boletins semanais enviados pela Petrobrás ao Sindipetro-RJ, em cumprimento à sentença do Judiciário favorável ao Sindipetro-RJ, o quadro total é assustador: desde o começo de janeiro, só na base do Sindipetro-RJ já somamos 1082 casos confirmados e 1778 suspeitos – isso contando, é sempre bom frisar, somente petroleiros primeirizados da ativa que tenham relatado a contaminação por covid-19 para a empresa. Portanto, o número de pessoas contaminadas contando terceirizados tende a ser muito maior.

Nas plataformas, a diretora do Sindipetro-RJ e vice-presidente da Cipa na P-75, Helayne Segatto está em canal permanente de tratativas com o RH da empresa sobre as demandas que estão surgindo. Os necessitados em fazer contato podem se comunicar com a diretora pelo (27) 99979-4175 (whatsApp) ou hsegatto@yahoo.com.br.

Uma das corretas medidas da empresa para conter o avanço das contaminações foi a redução do POB, porém há preocupação sobre a manutenção do emprego de todos, principalmente dos terceirizados. Além disso, diversos trabalhadores relatam omissão da empresa em relação ao desembarque de pessoas contaminadas, e pessoas com embarque estendendo-se muito além do 14º dia.

O Sindipetro-RJ está de olho para que nenhuma medida preventiva à saúde seja motivo para causar desfavorecimentos aos trabalhadores!

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