No último dia 26 de abril, o Conselho de Administração da Petrobrás elegeu o advogado Rafael Mendes Gomes para o cargo de diretor executivo de Governança e Conformidade.
Segundo a empresa, a escolha se deu com base em lista tríplice de profissionais de mercado com “notório reconhecimento”, pré-selecionados por meio de processo conduzido por empresa especializada em recursos humanos. Mas existe um ponto a ser esclarecido sobre a atuação do novo executivo, já que a direção da Petrobrás tem a sua forma de Governança, implantada por Pedro Parente, bastante exaltada pela mídia e mercado.
Senão, vejamos: no Portal da Transparência da Petrobrás, na parte de Contratos, podemos acessar na busca os serviços do escritório Chediak Advogados, onde Rafael Mendes é ainda sócio sênior, conforme consta no ‘ConsultaSócio.com’ e também divulgado no seu perfil no Linkedin.
No portal podemos identificar que são dois contratos de objeto ‘Técnico Jurídico para Elaboração e Emissão de Parecer,’ a partir do CNPJ 39.073.143/0001-69, que constam com os respectivos números: 4600521376, com serviço realizado entre 13 de maio de 2016 a 10 de agosto de 2016 no valor de R$ 180 mil e o 4600454871 com contrato ainda vigente, tendo sido iniciado em 26 de setembro de 2014 e com previsão de finalização em 26 de setembro de 2019, no valor de R$ 120 mil.
Opa! Sendo sócio do escritório/prestador de serviço com contrato em vigor, o Compliance da Petrobrás não percebeu que seu novo chefe se enquadra em uma situação de conflito de interesse? A categoria petroleira merece uma resposta.
