Contra a execução do jogador de futebol iraniano Amir Nasr-Azadani

Prisões políticas e penas capitais ao redor do mundo devem ser combatidas

O Sindipetro-RJ se soma a campanhas internacionais que se contrapõem a condenações capitais, como no caso do jogador iraniano Amir Nasr-Azadani, que estaria sob risco de tal punição por, entre outras razões, estar a favor dos protestos das mulheres no Irã

O zagueiro de 26 anos, estaria sendo julgado com a possível sentença de enforcamento sob a acusação de traição ao participar de um protesto em 16 de setembro, último, além de envolvimento com um grupo opositor que estaria ligado a homicídios de membros de forças policiais.

O protesto ocorreu para contestar a brutalidade contra Mahsa Amini, de 22 anos, morta sob tortura por agentes da polícia da moralidade do governo após violar as regras do país sobre o uso do hijab, conjunto de vestimentas recomendado pela doutrina islâmica. O traje não estaria colocado de acordo com o que se impõe, segundo interpretação moralista do Islã por parte do Estado iraniano.

Este tipo de repressão se repete sistematicamente em países da região. Informes da Anistia Internacional indicam casos recentes de execução em massa em tribunais da Arábia Saudita, por exemplo (https://www.amnesty.org/en/latest/news/2022/03/saudi-arabia-mass-execution-of-81-men-shows-urgent-need-to-abolish-the-death-penalty/) . Ainda segundo essa entidade, ao final de 2021, se conhecia quase 30 mil pessoas que estariam sob risco de sentença de morte. Os EUA figuravam em quarto lugar na lista dos países, com mais de 2 mil pessoas no corredor da morte. Iraque (+ 8.000 pessoas), Paquistão (+ 3.800) e Nigéria  (+ 3.036) lideravam a lista, segundo a nota (https://www.amnesty.org/en/latest/news/2022/05/death-penalty-2021-facts-and-figures/) . Em se tratando de prisões políticas nos EUA, há que se registrar o histórico de casos emblemáticos como o de Múmia Abu-Jamal e Assata Shakur. ONGs humanitárias davam conta de 54 presos políticos nesse país, em um informe de 2016 (https://operamundi.uol.com.br/permalink/39636) . Isso sem contarmos a barbárie contra direitos humanos em presídios como Abu Ghraib e Guantanamo, de responsabilidade deste país.

Não se pode calar quem luta por liberdade

Jogadores e personalidades do futebol, bem como o sindicato internacional de jogadores, estão se mobilizando para que o caso do Irã ganhe mais destaque em veículos de comunicação. Foi criado um abaixo-assinado para proteger Azadani, que até o momento já conta com aproximadamente 700 mil de assinaturas.

O Sindipetro-RJ faz um chamado à categoria petroleira para rejeitar a condenação de Amir Nasr-Azadani, assim como as execuções de Mohsen Shekari e Majid Reza Rahnavard recentemente. O repúdio veemente se estende à prisão de centenas de jovens e manifestantes no Irã, na Arábia Saudita e demais países da região.

 

Acesse o link do abaixo-assinado: https://bit.ly/3Wrjqi0

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