Sindipetro-RJ apoia a luta dos servidores da Saúde por garantia de emprego e condições de trabalho

Na manhã desta quarta (16), o Sindipetro-RJ participou de manifestação dos servidores do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB).

Os servidores estão em greve há cinco meses, realizando protestos sobre o desmantelamento dos hospitais federais e neste período o governo tentou convencer a opinião pública de que os servidores são incompetentes, mas não é nada disso!

Os servidores denunciam que nos últimos governos não foram feitos aportes necessários: existe falta de mais de oito mil profissionais; o governo federal não fornece condições básicas de trabalho e quer descentralizar a gestão num processo que não tem transparência; e o orçamento não é reajustado há 10 anos!

Veja o vídeo da fala do diretor do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), João Paulo Nascimento, na manifestação:

Na terça (15), os funcionários do HFB fizeram piquete na entrada do Hospital e barraram a entrada da comitiva do Ministério da Saúde (MS) e de novos gestores do grupo empresarial gaúcho Conceição que iria assumir o HFB a partir de Portaria do MS publicada no mesmo dia no Diário Oficial da União.

O Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Polícia Federal foi acionado, mas os cerca de 100 servidores não se intimidaram e houve tumulto.

Por que um contrato de R$ 260 milhões para o grupo Conceição fazer um diagnóstico que pode ser feito pelo próprio MS?

Para o Sindsprev-RJ, o Grupo veio para “pegar o dinheiro e aplicar nos acordos políticos”.

As explicações do MS de que o objetivo é transformar o HGB em “um grande hospital que será uma referência para o Sistema Único de Saúde e para o Brasil” não convencem!

Há ainda conflito de interesses: o secretário de Atenção Especializada do MS, Adriano Massuda, também ocupa a presidência no Conselho Administrativo do Grupo Conceição.

Privatistas

“O governo deixou o Hospital entrar em profunda precarização e agora apresenta contrato milionário com empresa, começando um fatiamento da Rede pelo HFB”, disse um dos servidores no protesto.

Fortemente organizados e unidos, os servidores do HFB continuam mobilizados e até a publicação desta matéria, os dirigentes do grupo Conceição ainda não tinham sequer acessado a portaria.