Demissões em massa e coação no PDO da BR Distribuidora

Demissões em massa e coação por parte de chefias e gestores, num clima de verdadeiro terrorismo, resumem a situação atualmente enfrentada pelos trabalhadores da BR Distribuidora privatizada. Somente em dezembro, cerca de 600 trabalhadores foram colocados no ‘olho da rua’, por conta do famigerado Plano de Desligamento “Optativo” (PDO), apelidado de ‘Programa de Desligamento Obrigatório’. E na prática tem sido assim: um plano obrigatório, na medida em que os trabalhadores que se recusarem a aderir ao PDO só permanecerão em seus postos se forem ‘escolhidos’ ou ‘requisitados’ pelos gerentes. Isto tem nome: assédio moral e terrorismo.

As homologações resultantes do PDO estão sendo feitas unilateralmente, ou seja, de forma a impedir qualquer participação ou assistência do sindicato da categoria (Sitramico-RJ). Para piorar, o regulamento do PDO prevê ainda que os trabalhadores que a ele aderirem abram mão de futuras demandas judiciais. Esta e outras questões fizeram o PDO tão leonino que o tribunal do trabalho e o MPT determinaram ajustes em toda sua redação.

Outra denúncia é de que os trabalhadores que não aderiram ao PDO e querem permanecer na empresa estão sendo pressionados a fazer acordo individual, com desvantagens que ultrapassam até mesmo os limites da perniciosa Reforma Trabalhista. Uma repactuação dos contratos de trabalho está, segundo denúncias dos trabalhadores, sendo feita, também à revelia do sindicato. Em breve, o Sitramico-RJ fará reunião com os demitidos para definir os próximos passos da luta contra as demissões.

Até o momento, cerca de 1.181 trabalhadores se inscreveram no PDO. O cronograma do PDO prevê que mais de mil dessas demissões sejam efetuadas até março, atendendo às exigências dos acionistas privados. O total de inscritos representa quase 40% dos cerca de 3.134 empregados próprios (concursados) da empresa.

 

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