Desperdício em tempos de crise

Como foi amplamente noticiado pela imprensa, os megablocos e estruturas que serviriam para a montagem das plataformas P-71 e P72, cerca de 80 mil toneladas de material, foram vendidas como sucata. Segundo denúncias, a P-71 estava com mais de metade dos blocos edificados e dezenas de equipamentos e material de obra comprados.

Resgatando o histórico, em 2010, a Ecovix venceu a li­citação de quase R$ 10 bilhões para montar 8 cascos para a Petrobras, porém, apenas 3 ficaram prontos. Com a Ope­ração Lava Jato, os dirigentes do estaleiro foram presos e a empresa entrou em recuperação judicial. Por esta razão, a Petrobrás suspendeu o contrato com a Ecovix em dezem­bro do ano passado e mandou vender o material. Segundo a direção da empresa, a decisão levou em conta os proble­mas iniciados em 2010 e teria sido a melhor saída para o problema.

O Sindipetro-RJ exigirá da direção da Petrobras que apresente claramente os critérios que levaram a uma decisão caracterizada por um impensável desperdício em tempos de crise.

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