Direção Petrobrás recolhe computadores cedidos à PBIO

Em mais uma demonstração de que pisa fundo no acelerador para privatizar a PBIO, a direção da Petrobrás realiza o recolhimento dos notebooks que estavam cedidos aos empregados da subsidiária que estão em teletrabalho. Eles agora terão que usar novos equipamentos recentemente comprados pela própria PBIO

A liberação de acesso remoto não poderá mais ser feita no edifício Ventura, pois o Consórcio Libra não autorizou o uso de sua rede, sendo necessário que o empregado da PBIO se dirija a qualquer unidade da Petrobrás para configurar o acesso de rede.

Assim, a direção da Petrobrás já começa a operacionalizar na prática o processo de desvinculação da PBIO para sua futura privatização. Uma importante produtora de biodiesel do Brasil, a PBIO está em processo acelerado de privatização, mesmo sendo uma empresa lucrativa. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) para o Observatório Social da Petrobrás (OSP), de 2017 a 2020, a empresa lucrou R$ 738 milhões.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) tem em tramitação na justiça uma ação ajuizada em 2020 contra a privatização da PBIO. Além de articular junto com os empregados outras formas de luta, inclusive mais diretas, como paralisações, para tentar reverter o processo de entrega e, no mínimo, garantir melhores condições pros trabalhadores.

A privatização da PBIO e da própria Petrobrás, iniciadas em 2015, e cuja fase final está sendo muito acelerada pelo governo Paulo Guedes/Bolsonaro, é mais um retrato do entreguismo que desmonta o patrimônio do Brasil, e bloqueia o desenvolvimento de uma tecnologia sustentável em pesquisa e produção de biocombustível.