O Conselho de Administração da Petrobras afastou na última quarta-feira (23), temporariamente, o diretor de Governança e Conformidade (DGC) da companhia, João Adalberto Elek Júnior. A decisão foi tomada em análise da decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) que aplicou advertência ao diretor.
Em 2015, ele autorizou a contratação, sem licitação, de uma empresa de consultoria em que a filha dele disputava uma vaga de emprego.
Em nota, a estatal informou que o afastamento vale a partir de 23 de agosto até o julgamento do recurso que o diretor ingressará na Comissão de Ética da Presidência. Nesse período, o diretor-adjunto responderá pela Governança e Conformidade.
Vale lembrar que conforme publicado no dia 21 de agosto, no site do ‘Estadão’ , a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu aplicar advertência ética ao diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobrás, João Adalberto Elek Júnior, por ter violado a Lei de Conflito de Interesses. A punição por desvio ético foi dada porque Elek contratou, sem licitação, pelo valor de R$ 25 mi, no final de 2015, a empresa Delloitte para realizar auditoria e consultoria empresarial para a Petrobrás ,e, nesse mesmo período, a contratação de sua filha naquela empresa já estava em estágio avançado. “Houve uma conduta errada e violadora da lei” – disse o presidente da Comissão, Mauro Menezes.
Por conta dessa advertência emitida pela CEP, o Sindipetro-RJ e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) protocolaram um pedido de afastamento do “Mr. Compliance” da Petrobrás, João Adalberto Elek Júnior.
Parente na berlinda
É importante também frisar que Pedro Parente também é denunciado na Procuradoria Geral da República no Rio de Janeiro também por conflito de interesses. O presidente da Petrobrás é sócio licenciado da administradora de recursos ‘Prada Assessoria’, administrada pela sua mulher, Lucia Hauptman. Ora, é público e notório que a Petrobrás é uma empresa de capital aberto com ações no mercado financeiro (bolsa de valores). Alguém duvida que a ‘Prada Assessoria’, uma gestora de investimentos e fortunas, que só faz movimentações a partir de R$ 20 milhões, não tenha acesso às informações que possam privilegiar seus abastados clientes?