Direção da Petrobrás está investindo na divisão da categoria e atacando o operacional
No momento, está sendo colocada em prática uma política de rebaixamento de ACT. Tanto a proposta rejeitada da Petrobrás como a do TST apresentam o “tem a perder” de forma direta para os operacionais, quando cria, por exemplo, um banco de horas que vai impactar diretamente nas suas horas extras, aplicando também a redução dos percentuais de horas extras trabalhadas em regime de turno em feriados. E mais uma significativa redução de 100% para 50% para as horas trabalhadas em regime de turno em períodos de feriado e redução de 100% para 75% na troca de turnos.
Qual o objetivo em aplicar essa política de redução em uma área tão importante quanto a operacional? Simples: atacar a força de trabalho em sua parte mais tradicionalmente mobilizada, que integra a área de operação, separando-a ainda mais do pessoal administrativo que venha a se sentir, equivocadamente, contemplado por uma proposta rebaixada, tudo pelo terrorismo da aplicação da CLT.
Outro ponto é o tal piso de R$ 11.678,90 para elegibilidade na relação de negociação individual, em que alguns funcionários com diploma de nível superior, totalizando 6.692 pessoas, serão enquadrados nos termos da nova CLT para assinatura do fajuto Acordo Individual. Tal atitude, claramente, tenta influenciar parte da categoria a aceitar uma imposição negocial da direção da empresa, ainda apostando no medo e na desinformação, além de promover o pensamento contrário à ação e defesa coletiva.
Versão do impresso Boletim CXLVI