Concentração: 17h, Ibama – Praça XV
O que estamos vivendo no nosso país é um projeto de morte. É muito grave! Morte dos indígenas, dos quilombolas, da juventude negra e pobre. Morte das nossas florestas e de toda a vida que ali está. Os dominadores da vez querem nos impor o medo mas o que nós iremos demonstrar é união e resistência.
Há um desmonte completo de tudo que tem a ver com a nossa soberania. Querem entregar a Petrobrás e as nossas riquezas. Querem vender todas as estatais do nosso país, mesmo que sejam elas que sustentem o desenvolvimento nacional e, muitas vezes, financiem projetos culturais e ambientais. Nós, petroleiros da Petrobrás, queremos fazer um alerta. Um alerta porque a Petrobrás já está sendo privatizada de forma fatiada.
Para garantir isso, estão sucateando a empresa, onerando a população com preços elevados para os combustíveis e GLP, retirando direitos e assediando seus funcionários. O resultado dessa política de desmonte e privatização nós já vimos. No inicio dos anos 2000 houve dois grandes acidentes ambientais: o vazamento da Baía de Guanabara e o da P-36 que matou 11 trabalhadores.
As tragédias anunciadas de Brumadinho e Mariana demonstraram o fiasco que foi a privatização da Vale. Nós não podemos permitir mais perdas de vidas. Nós precisamos defender a nossa soberania, a Petrobrás estatal e o controle pelo povo das nossas riquezas.
O lucro não pode estar acima da vida! Nem a vida humana, nem a animal. Nós não permitiremos esse desastre
Por isso tudo, nós da FNP, também a FUP, nos somamos à greve mundial pelo clima participando dos atos do dia 20. Estaremos juntos lutando para que a Petrobrás seja nossa e faça parte de um projeto de transição energética no Brasil.
Não concordamos com Castello Branco, atual presidente da Petrobrás, que vem declarando que a empresa não investirá em energias renováveis destinando apenas 0,5% do total de investimentos neste setor. Queremos uma Petrobrás integrada, que tenha futuro, e possa garantir soberania energética com energias mais limpas, respeito ao meio ambiente e aos povos originários.
Versão do impresso Boletim CXL