Enganados, servidores da Dataprev estão sem plano de saúde

Em pleno recrudescimento da pandemia causada pelo coronavírus no Brasil, trabalhadores e aposentados denunciam que a hierarquia bolsonarista na Dataprev, presidida pelo engenheiro Gustavo Canuto, alegou prejuízos financeiros e rompeu o contrato que estava vigente com a GEAP Saúde, gestora de planos de saúde.

A medida afeta 3.820 servidores da ativa, aposentados e seus dependentes. Segundo as denúncias, alguns foram chamados para assinar a contratação de um novo plano de saúde, mas tratava-se de um contrato novo com uma nova empresa prestadora de serviços, pois o contrato que era vigente desde a década de 1970 ia terminar.

Depois de trabalharem por décadas na estatal, aposentados e pensionistas vão precisar agora lutar pelo direito ao plano, pois a empresa tinha feito um novo edital de convênio somente para os ativos. Pressionada por algumas ações que já correm na Justiça, baseadas na lei que garante o plano a quem completa 10 anos de vínculo e é aposentado, a empresa recuou e permitiu a inclusão dos aposentados. Mas, o novo edital traz valores muito mais altos e imposições como não aceitar a inclusão de pais e mães e impõe limites de coberturas a filhos.

A gestão bolsonarista na Petrobrás vem tendo a mesma prática, impondo a transformação da AMS numa associação e retirando cada vez mais direitos conquistados pelos trabalhadores. O Sindipetro-RJ apoia a luta dos servidores da Dataprev e luta pela garantia de uma AMS digna para todos os petroleiros.

Conheça também matérias críticas do sindicato dos servidores da Dataprev sobre como é possível roubar os trabalhadores em seus planos de saúde:

Sabote a estrutura do plano tanto designando gestor do plano quanto o fiscalizador quebrando a confiança dos participantes na garantia de atendimento.
http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2016/06/20/indicado-do-governo-permanecera-na-geap/

Ao passo que, a título de austeridade, se proponha aumentos abusivos que excluem de responsabilidades a empresa patrocinadora e forçam a saída de muitos participantes. O que abala o plano por dois flancos: político-econômico, pois o plano fica menor e mais caro; e jurídico-financeiro, pois reduz-se as responsabilidades do ente jurídico mais potente em honrá-las: a empresa.
http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2020/10/15/andamento-do-processo-na-justica-do-trabalho-sobre-reajuste-de-6250-do-plano-medico-da-geap/

Crie um termo de adesão, controverso para os beneficiários, que crie um imbróglio jurídico-administrativo para suspender o direito de muitos em seguida e, posteriormente, jogar a culpa da perda do direito como se os próprios trabalhadores e aposentados tivessem abdicado de seus direitos
http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2020/05/13/termo-de-adesao-geap-comunicado-do-sindpd-rj/

Crie um conflito administrativo a partir dos entes que possuem personalidade jurídica diferentes, mas que, afinal, são controladas pelo mesmo ente, o governo.

Geap procede aumentos abusivos (Resolução CGPAR), governo restringe orçamento de saúde da DataPrev, Geap barra DataPrev ou DataPrev não adere a contrato da Geap
http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2020/07/02/no-jogo-de-empurra-entre-dataprev-e-geap-trabalhadores-ficam-sem-cobertura-de-saude/

Seja leniente, juridicamente, em ambas empresas (DataPrev / GEAP) para criar um vácuo de atendimento, especialmente, contra o público mais custoso e dependente. Aumentando a autofagia do plano, o deixando mais custoso aos participantes, centradamente, na defesa de seus direitos pelos acúmulos de passivos judiciais por decisões de prepostos do governo.
http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2021/02/02/geap-trabalhadores-sindicalizados-podem-ingressar-com-acao/

Depois, caridosamente, se aproveite dos danos causados e potenciais, de todo o desespero, e abra negociações para rebaixar os direitos dos trabalhadores e responsabilidades da empresa em ambiente controlado.
http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2021/01/26/dataprev-diz-que-vai-debater-questao-da-geap-no-tst/

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