O Sindipetro-RJ e a FNP, junto com FENASP, AEPET e GDPAPE, criaram um Fórum para unificar as iniciativas (jurídicas e políticas) em defesa dos beneficiários da Petros. O objetivo é propor e coordenar ações coletivas, pelos diferentes sindicatos e associações, em defesa de um equacionamento justo, cobrando as dívidas que a Petrobrás tem com os participantes da Petros e, ao mesmo tempo, coordenar as ações individuais e coletivas, a partir do Sindipetro-RJ, para assim impedir descontos abusivos nas aposentadorias e pensões ou o extorsivo desconto das contribuições sobre o pessoal da ativa. Há 14 anos que os sindipetros que compõem a base da FNP vêm lutando contra a repactuação e a nefasta política que gerou a extorsiva forma de equacionamento imposta pela Petros. Assim damos continuidade a essa luta, coordenando as ações coletivas em defesa dos petroleiros. É importante tomar cuidado com falsas promessas ou ações judiciais precipitadas. Por isso procure o nosso Departamento Jurídico. Filie-se ao Sindipetro-RJ e fortaleça essa luta! Fortaleça a FNP!
Desconto de tirar o sono dos petroleiros
No jogo de palavras e números que são usados pelas direções da Petrobrás e da Petros, manipulam-se as informações sobre o polêmico tema do equacionamento do déficit do Plano Petros 1.
Conforme publicado no Boletim XXVIII de 24/10/17, na parte da matéria que trata dos percentuais de acréscimo e desconto, um companheiro petroleiro entrou em contato com nossa redação para esclarecer que os valores informados não correspondem de fato à realidade final dos descontos, pois não fazem menção de que esses percentuais incidem sobre o salário de referência e não se relacionam ao acréscimo total no valor de contribuição hoje pago.
Isso faz com que muitos participantes e a opinião pública considerem o aumento total para o participante “aceitável”, já que foi anunciado um percentual máximo de 19,2%.
Na verdade, esse percentual vai incidir no salário de contribuição ou no benefício Petros do aposentado e o valor resultante será somado à contribuição normal do participante, ou seja, se hoje o pagamento corresponde a 11% de contribuição, o valor final será de 29,2%; quase 30% do salário!
“Se forem comparados os percentuais sobre o valor monetário final pago, chegaremos a aumentos acima da ordem de 160% , ou seja, em muitos casos a contribuição pode triplicar!” – explica o petroleiro, que não quis se identificar temendo represálias.
Para comprovar a observação, o petroleiro enviou “prints” das simulações a partir de seus descontos em folha e de outros colegas, que, claro, têm seus nomes apagados propositalmente nas imagens, confira: