Na semana passada, o Sindicato publicou uma nota sobre muitos vigilantes terceirizados que trabalham em locais como o EDISE, o EDISEN, o EDIHB, o Aeroporto de Jacarepaguá e o galpão na Dutra estarem sem férias há pelo menos dois anos
De lá para cá, a empresa Guard Angel, pelo que soubemos, colocou alguns vigilantes de férias. Por enquanto, só em torno de cinco dos cerca de 90 vigilantes terceirizados abarcados estão desfrutando de férias. Mas são férias só de 20 dias, avisadas na véspera, e sem pagar os 10 dias para completar 30 dias e sem dar qualquer notícia sobre as outras férias, já vencidas e não tiradas. Ou seja, dos pelo menos 60 dias a que os vigilantes terceirizados têm direito, a empresa só está permitindo que utilizem 20 dias e os trabalhadores não estão sequer recebendo qualquer indenização. E, como são avisados na véspera, tampouco podem se planejar pra utilizarem da melhor maneira possível os poucos 20 dias.
Parte dos vigilantes terceirizados está, inclusive, há mais de cinco anos sem férias, considerando empresas anteriores pelas quais prestavam serviço na Petrobrás, como a Esquadra, que deu até calote mais geral nos trabalhadores, situação que ainda está no judiciário, sendo que parte dos vigiantes que trabalhavam na Esquadra continua sem ter recebido dessa época e está passando por muitas dificuldades, muitos dos quais desempregados.
A Petrobrás tem mantido o discurso de uma empresa que respeita os direitos humanos. Mas se sequer garantir que vigilantes terceirizados tenham direito a férias, algo básico em termos de direitos trabalhistas, que credibilidade poderemos atribuir ao discurso? No caso dos vigilantes terceirizados, as sucessivas empresas que têm tido contrato com a Petrobrás têm subtraído sistematicamente direitos. Lembremos que a Petrobrás não é obrigada a terceirizar.
Imagem Guard Angel