Diversos veículos de imprensa informaram que, a partir de um estudo de viabilidade técnica, a Petrobrás e a chinesa CNPC concluíram pelo encerramento da parceria entre as duas empresas para a finalização da construção da refinaria do COMPERJ e da venda da participação nos campos de Marlim, Voador, Marlim Sul e Marlim Leste. Entre as alternativas estudadas pela Petrobrás estão a possível integração da REDUC com algumas unidades hibernadas do COMPERJ para a produção de lubrificantes básicos e combustíveis, além da construção de uma termelétrica, em parceria com outros investidores, utilizando gás natural do Pré-Sal.
É importante lembrar que esta finada parceria da Petrobrás com a CNPC não era uma ‘maravilha’, até porque, em última instância, a proposta se inseria no objetivo de aumentar progressivamente a participação do capital privado na indústria nacional de petróleo e gás, como querem a direção da empresa e o governo Bolsonaro. Mas o abandono da proposta da refinaria, mesmo sob tais condições, não deixa de ser um duro golpe. Afinal, confirmou a intenção da direção da Petrobrás de reduzir significativamente a participação da empresa no mercado de refino do país, o que terá resultados ainda mais desastrosos para os preços dos combustíveis, do GLP e demais derivados no mercado interno, além das demissões de petroleiros que ocorrerão nas unidades a serem privatizadas.
Quanto ao cluster de Marlim, o encerramento da parceria com a CNPC não significa que a Petrobrás tenha desistido da venda desses campos, muito pelo contrário. Certamente a participação nos campos será vendida de forma ainda mais desvantajosa para a Petrobrás.
Por fim, vale ainda lembrar que recentemente houve uma corrida mundial pelo bunker de baixo enxofre que somente as refinarias da nossa estatal são capazes de produzir.