Apesar de reparar boa parte da plataforma, adquirida da Petrobrás, ainda é precária a situação da embarcação, construída nos anos 1970, e das condições de trabalho, além de violação de direitos trabalhistas dos trabalhadores próprios e terceirizados foram constadas em vistoria conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Sindipetro-RJ
A partir de denúncias recebidas, os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), acompanhados de uma procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), além de um representante do Sindipetro-RJ, ficaram embarcados entre os dias 30/05 e 01/06 na plataforma P-08, operada pela Trident Energy do Brasil. Durante este período constataram diversos problemas na integridade da plataforma construída na década de 1970.
Falta de banheiros e problemas de escoamento de esgoto
A fiscalização constatou a existência de camarotes sem banheiros, já os que tinham banheiro apresentaram problemas no sistema de esgoto. Além disso, foram identificados problemas no registro e pagamento de horas extras, tanto dos próprios da Trident, quanto dos terceirizados.
Somadas as diversas notificações para a Trident e suas empresas contratadas, os fiscais interditaram parcialmente linhas de gás classe 1 e 2 que já deveriam ter sido substituídas ou reparadas desde o ano passado, após dois acidentes ocorridos em janeiro e junho de 2022.
O diretor do Sindipetro-RJ, presente na vistoria, Brayer Grudka Lira explica a situação.
“A desinterdição só será permitida após o reparo ou substituição dos equipamentos ou com um relatório de integridade que garanta a operação de forma segura, com um plano de reparo ou substituição dos equipamentos em condições precárias” – detalhou.
Por sua vez, a empresa alega estar se esforçando para sanar os problemas para retomar a produção o quanto antes e que o Sindicato acompanha com os órgãos fiscalizadores o cumprimento das determinações.
Imagem Marinha do Brasil