Nesta quinta-feira (2), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) encaminhou ofício à Petrobrás em que exige a suspensão da cobrança da AMS por boleto, já que a empresa adiantou a aplicação da medida para as cerca de 5.000 pensionistas, o que deveria ocorrer a partir de 24 de junho próximo. Com o adiantamento o primeiro boleto chega esse mês com vencimento pro dia 10 de maio.
A FNP justifica o pedido argumentando que nesse momento da pandemia do COVID-19 (novo Corona Vírus) a mudança é temerária. O adiantamento é inexplicável por que ainda há expectativa de que a Petros consiga manter a cobrança. Em acordo com as entidades, isso já foi solicitado ao INSS.
É importante lembrar que a direção da Petrobrás, não respeita o acordo coletivo mediado pelo TST, ainda não instaurou até a presente data a comissão permanente de AMS com representação dos sindicatos.
Também, no mesmo ofício, caso não seja efetuada a suspensão, pede que não haja cancelamento de nenhum benefício da AMS no prazo de adaptação de um ano por falta de pagamento. O fato é que o aumento da inadimplência pode significar o aumento do custeio e de descontos extras no rateio 70 x 30. A FNP estuda judicializar para barrar essa medida.
“A Petrobrás poderia buscar diretamente um convênio com o INSS, no entanto, a opção foi a pior possível para os empregados não à toa, o plano é privatizar a AMS” – sintetiza a diretora da FNP e do Sintipetro-RJ, Natália Russo.