Junto com a FNP, o Sindipetro-RJ intensificará campanha pelos 10 pontos, lançada no último congresso da entidade, cobrando uma reunião com a equipe de transição em Brasília para defender o fim do PPI, o fim das privatizações e o fim da retirada de direitos de trabalhadores na Petrobrás
Reunida nesta terça-feira (29/11), a direção da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) aprovou duas resoluções importantes. A produção de um documento para a equipe de transição do novo governo com a pauta reivindicatória elencada de 10 pontos para a Petrobrás, produzida no último congresso da entidade realizado em Santos-SP, em maio.
Os 10 pontos
1 – Petrobrás para os Brasileiros: retornar a uma Petrobrás 100% estatal, com a retomada dos ativos vendidos;
2 – Fim da privatização e “desinvestimentos”;
3 – Criar um imposto de exportação de óleo cru para gerar investimentos que melhorem as condições de vida e trabalho da população trabalhadora brasileira;
4 – Fim da indicação político-partidária para a direção da empresa e pela democratização da gestão da Petrobrás;
5 – Fim da PPI (preço de paridade de importação) e diminuição geral dos preços dos combustíveis e gás de cozinha;
6 – Pela recuperação da capacidade de produção das refinarias da Petrobrás;
7 – Retomar o papel da Petrobrás em todos os Estados que encerrou atividades, especialmente no Nordeste;
8 – Recuperar todas as fábricas de fertilizantes alugadas ou vendidas;
9 – Pela retomada de concursos públicos, contra o desmonte do corpo de empregados da Petrobrás;
10 – Retomar os investimentos em energias alternativas, renováveis: biocombustíveis, eólica, solar, usando o gás natural abundante no Brasil como fator de transição da matriz fóssil para uma matriz energética renovável. Reservar um percentual do lucro da empresa para a transição energética.
Link do documento completo: https://fnpetroleiros.org.br/arquivo/editor/file/Programa%20FNP%20Petrobras.pdf
Defesa dos trabalhadores da Petrobrás
Agregada a isso, a federação vai somar ao documento alterações na política de RH da Petrobrás que envolve o fim do Programa de Prêmio por Performance (PPP), o fim do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) e fim da política de desmonte da PETROS e da AMS, essas duas últimas pautas reivindicatórias mais caras à categoria enquanto aposentados e pensionistas.
Além disso, a FNP vai exigir o fortalecimento das negociações coletivas e o fim das perseguições aos dirigentes sindicais com a pronta liberação do acesso às unidades da Petrobrás, o que hoje está proibido pela direção da empresa.