O Sindipetro RJ envia sua solidariedade aos petroleiros e demais trabalhadores em luta na defesa de direitos, contra o alto custo de vida, por aumento salarial e aposentadoria
Na terça (18), vários setores de trabalhadores na França fizeram Greve Geral por aumento salarial contra a alta da inflação que chegou, em agosto, a 10,1% na União Europeia (e 6,2%, em setembro, na França) e denunciaram a postura intransigente do governo que afirmou ter acabado o tempo de negociação com os petroleiros que estão em greve por aumento salarial desde o dia 21/09. Manifestações tomaram diversas cidades.
Essa já está sendo considerada a maior crise social do segundo mandato de Emmanuel Macron. E, no parlamento, o governo quer aprovar o Orçamento de 2023 usando poderes constitucionais especiais para contornar a votação.
A questão da aposentadoria também é reclamada pelos trabalhadores. Macron quer aumentar a idade para a aposentadoria que hoje é de 62 anos para 65, equiparando-se a de outros países europeus.
No domingo (16), pelo menos 140 mil pessoas foram às ruas de Paris em protesto contra a alta no custo de vida e convocação da Greve Geral.
A Greve Geral atingiu importantes setores como transportes, educação, saúde e coleta de lixo. Nos transportes, houve interrupção de viagens de trens e ônibus regionais. Serviços do Eurostar entre Paris e Londres foram cancelados. Os portuários e os caminhoneiros também participaram do movimento paredista. Os serviços públicos foram suspensos.
A greve dos petroleiros está enfrentando perseguições e criminalização e já atinge 60% da capacidade de refino e, nos postos, a seca dos combustíveis se aprofunda levando à suspensão até de serviços públicos. O movimento começou na ExxonMobil e recebeu adesão de trabalhadores de usinas nucleares de energia e de ferroviários.
Macron foi denunciado por violação de direitos constitucionais dos trabalhadores. Segundo sindicalistas, Macron não poderia ter ordenado a requisição de trabalhadores das refinarias e a luta agora é também pela proteção aos direitos à greve.
No Brasil, a CSP Conlutas enviou moção de apoio aos trabalhadores, em especial ao Solidaires, assinada por 78 entidades: Todo apoio greve geral de 18 de outubro na França
O Sindipetro-RJ envia sua solidariedade e apoia incondicionalmente a greve geral dos trabalhadores e trabalhadoras da França que estão à frente da mobilização e convoca outros sindicatos a se solidarizarem com a luta e o caminho apontado pelos petroleiros, operários de usinas e ferroviários franceses em uma Europa atravessada pela crise energética e inflacionária.