G20 na Argentina prepara ataques contra trabalhadores

A Argentina recebe a Cúpula dos Líderes do G20, grupo que reúne os 20 países mais ricos do mundo. O encontro acontece na capital Buenos Aires e contará com a presença de líderes como Donald Trump, Angela Merkel e Emmanuel Macron, entre outros, buscando delinear políticas , mais ajustes e ataques sobre a qualidade de vida da classe trabalhadora a nível mundial.

Entre outros assuntos a serem abordados  certamente estará a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, um tratado sobre mudanças climáticas. Em tempos de degradação acelerada de muitos ecossistemas em todo o mundo, a nova ordem mundial ultraconservadora liderada por Trump, e o agora presidente eleito do Brasil, desprezam também a necessidade de preservação do meio ambiente, vendo apenas metas de curto prazo e defendendo que os conceitos de sustentabilidade e inclusão social não vão além de uma retórica do atual “marxismo cultural” vigente.

Resistir à arbitrariedade, os ajustes que virão

Antes da reunião do G-20, serão realizadas as atividades “Contra Cumbre” (Contra Cúpula), planejadas para este final de novembro. Entre as reivindicações estão a reversão dos desastrosos ajustes de Macri, inflação, desemprego, a disparada do dólar na Argentina, etc. Discute-se a realização de mais greves gerais e marchas contra a criminalização do aborto, sendo a luta das mulheres argentinas o melhor exemplo para o mundo.

Outro ponto importante é a perseguição e prisão de líderes: um deles é Daniel Ruiz, petroleiro reconhecido líder sindical da Região Chubut, na Argentina, da direção do PSTU Argentino e Liga Internacional dos Trabalhadores – 4ª Internacional, que foi arbitrariamente detido em 12 de setembro; também Sebastián Romero, ativista preso por participar da marcha dos trabalhadores argentinos contra a reforma da previdência social em 18 de dezembro de 2017 . Da mesma forma, Milagro Sala, líder indígena, líder Tupac Amaru da Organização Parlamentar indígena e do Parlasul e Jones Huala, líder mapuche, todos perseguidos e presos pelo governo neoliberal de Mauricio Macri.

Na sexta (30), a “Mobilização Na- cional de Repúdio – Fora do G-20 e FMI” vai tomar as ruas da capital da Argentina, encabeçada por movimentos e organizações locais e internacionais, especialmente dos países latino-americanos. Em apoio, outras atividades estão planejadas nas principais capitais do mundo.

Petroleiros brasileiros na luta

Representantes do Sindipetro–RJ se juntam à luta em Buenos Aires para representar os petroleiros brasileiros, participando de várias atividades organizadas pela CSP Conlutas em Buenos Aires, como a mesa redonda “Brasil y Bolsonaro”. Em debate, como Jair Bolsonaro e seus abutres neoliberais planejam radicalizar o desmonte iniciado por governos anteriores com uma reforma ultraneoliberal e prosseguir a retirada de direitos dos trabalhadores e a entrega do patrimônio do Brasil, como a Petrobrás.

Versão do impresso Boletim XCIX

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