Golpe no saque emergencial do FGTS

O Sindipetro-RJ recebeu denúncias de empregados do sistema Petrobrás que estão sendo vitimas de fraudadores que usam o CPF dos trabalhadores, acessando sem dificuldades o aplicativo “Caixa Tem” informando um e-mail falso e sacando o valor de R$ 1.045,00 , quantia que saiu da conta FGTS e foi direcionada para a conta “poupança social”. O aplicativo não pede confirmação da identidade do usuário, uma falta absurda que permite o golpe no sistema.

Essas fraudes também afetam trabalhadores de outras categorias, conforme diversos veículos de comunicação publicaram, denunciando a situação.

O difícil é compreender como um banco da envergadura da Caixa desenvolve um sistema tão falho, em um momento em que o governo Bolsonaro tenta forçar a sua privatização.

Entenda o golpe

O FGTS emergencial possui dois calendários, o de depósito e o de saque e transferência. O benefício é depositado automaticamente em contas de poupança social digital na Caixa, que deve ser acessada pelo aplicativo “Caixa Tem”;

Depois que o benefício é depositado, e enquanto não é liberado para saque, os golpistas baixam o “Caixa Tem”, preenchem os dados com o CPF do trabalhador e um e-mail falso para acessar o valor;

Para retirar o valor da conta, os fraudadores pagam boletos gerados em alguma carteira digital;

A vítima só percebe que caiu no golpe quando tenta se cadastrar no “Caixa Tem” e o sistema acusa que um cadastro já foi feito com o CPF dela.

O que fazer?

A vulnerabilidade do sistema está no processo de confirmação das informações fornecidas pelo usuário. Portanto, a principal recomendação para evitar que o dinheiro seja retirado por um fraudador é o trabalhador conferir o quanto antes o saldo do seu FGTS.

Segundo um informe da Caixa reproduzido pelo G1 o problema só pode ser resolvido nas agências, onde o cliente deve solicitar que o funcionário abra uma contestação do saque. No entanto, o prazo de resposta dessa contestação é de 10 dias, mas há relatos de trabalhadores de que pode levar até um mês. A Polícia Federal já investiga o caso. No entanto, até o momento não se tem notícias de que alguém tenha sido restituído.
Esta é apenas uma das tantas falhas de planejamento da gestão bolsonarista no país, a qual lesa os trabalhadores e expõe a CEF, uma estatal, ao descrédito e futuros prejuízos com processos na justiça.

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