Greve contra a venda da LUBNOR

O Sindipetro-RJ está na luta para reverter e deter novas privatizações. Todo apoio aos trabalhadores da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste que iniciam greve a partir desta terça (27) para deter a venda da Refinaria!
A privatização da LUBNOR, em Fortaleza, representa a criação de um monopólio que vai impactar de forma nociva o abastecimento naquela Região.

A venda para a Grepar Participações (consórcio da Grecor Investimentos, Greca Distribuidora de Asfaltos e holding GV) foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no dia 21/06. No dia seguinte, em assembleia, os petroleiros que trabalham na Refinaria decidiram entrar em greve contra a privatização nesta terça (27).

Malefícios de Paulo Guedes

A venda da LUBNOR é parte de acordo firmado em 2019 entre a Petrobrás e o Cade, visando o desmonte do parque de refino da estatal dentro do plano de destruição do Sistema Petrobrás dirigido por Paulo Guedes quando ministro da Economia no governo Bolsonaro.

Metade do valor e práticas anticompetitivas

Como em muitas outras privatizações executadas pela Petrobrás, a avaliação da Refinaria está abaixo de seu valor de mercado. Estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) afirma que a Refinaria vale no mínimo US$ 62 milhões, mas ela está sendo entregue por quase a metade desta avaliação, feita com baixo rigor técnico e conceitual, por apenas US$ 34 milhões. Pior, a venda está sendo feita para uma empresa que já atua na região indicando criação de monopólio.

Apesar do Cade ter dado o aval ao processo da privatização, a conclusão da negociação ainda depende de condições que foram impostas para impedir, por exemplo, práticas anticompetitivas, como a assinatura de um Acordo de Controle de Concentração (ACC) visto que a Grepar também opera na distribuição de derivados produzidos pela LUBNOR.

Conheça o estudo do Ineep na íntegra: Ineep – LUBNOR

Contra a venda da LUBNOR! Pela reversão das privatizações de outras refinarias – RLAM, REMAN e SIX, assim como a de ativos como a BR Distribuidora!

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