Greve geral contra as reformas

Parar o país novamente dia 30 de junho e demonstrar nas ruas a força do trabalhador brasileiro. Mais uma vez realizar uma grande e histórica greve geral para exigir o fim do governo Temer e enterrar definiti-vamente qualquer proposta de reforma que jogue nas costas dos trabalhadores o ônus de arcar com uma política que protege empresários, banqueiros, latifundiários e especuladores. Esta é a expectativa das centrais sindicais que estão convocando trabalhadores e trabalhadoras para nova greve geral no dia 30. O calendário de lutas de preparação para a grande manifestação do povo brasileiro inclui um “esquenta”, no dia 20 de junho, com atos e paralisações, criação de comitês de mobilização, produção de um jornal unificado e assembleias nos locais do trabalho até o dia 23.

Fora Parente – Para além dessas lutas é necessário construir uma nova ordem política com mais justiça social no país. Petroleiros e petroleiras são peça fundamental nessa engrenagem, a categoria que produz uma das maiores riquezas brasileiras. Nosso petróleo é cobiçado por dezenas de nações e não pode continuar sendo entregue ao capital estrangeiro.

A política de desmonte e venda de ativos da Petrobras capitaneada por Pedro Parente tem que ser interrompida. E isso só acontecerá com os petroleiros e petroleiras nas ruas demonstrando à população que essa tem que ser uma luta de todos.

Nossa presença nas ruas dia 30 será um grito de alerta. Da mes­ma forma que nos organizamos internamente para lutar contra as injustiças dentro da Petrobras, pelo fim de relações de trabalho que oprimem os trabalhadores petroleiros, precisamos que a riqueza que produzimos no dia-a-dia pertença a quem de direito: o povo brasileiro. Será através dela que poderemos investir em saúde, educação, moradia, saneamento e gerar perspectivas de emprego e vida digna para nossos filhos e netos.

JBS principal financiadora de campanha – Os trabalhadores não aceitam a manutenção deste governo que tenta aprovar reformas que vão rasgar direitos conquistados há um século e com muita luta pela classe trabalhadora. Um governo que já liberou a terceirização para todos os setores, que entregou o campo brasileiro de Alcântara (MA) para uso pelos EUA e liberou parte da Amazônia para extração mineral, entre outras ações que só demonstram o desprezo destes governantes corruptos pelos trabalhadores e pela sociedade brasileira.

Este Congresso, com grande número de parlamentares sendo investigados em diferentes esferas judiciais, não tem legitimidade para debater estas reformas. Um Congresso onde 70% dos parlamentares foram financiados por apenas dez empresas, sendo a principal a JBS, que sangrou o país em seu envolvimento com a corrupção em diferentes escalas governamentais. A mesma empresa que lidera a lista de empresas devedoras da Previdência Social, com um débito de 1,8 bilhões de reais e coleciona milhares as denúncias de demissões ilegais e acidentes de trabalho no Ministério do Trabalho. Outras importantes financiadoras destes parlamentares foram Bradesco e Itaú, OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, UTC e Queiroz Galvão, Grupo Vale e Ambev.

Por tudo isso, estamos nas ruas, exigindo o fim das reformas e eleições gerais já. Participe das mobilizações.

(Fonte: Boletim Sindipetro-RJ, número 2)

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