Na tarde de sexta-feira (12/05) o Sindipetro-RJ participou de mais uma reunião de Grupo de Trabalho dentro da série de GTs propostos pela FNP com participação da Petrobrás e de dirigentes sindicais com o objetivo de preparar as negociações do ACT 2023
Os temas abordados foram Petros e AMS. Novamente foram colocados à mesa a necessidade da resolução urgente das questões que envolvem os PEDs, cobrando o devido aporte das patrocinadoras, especialmente da Petrobrás, e cobranças de dívidas que tem que ser feitas, pela Petros em relação à Petrobrás para que isso seja efetivo.
Existem várias decisões judiciais em favor da categoria, garantindo direitos de aposentadoria e que a direção da Petrobrás e as outras patrocinadoras não fizeram os devidos aportes à Petros por causa de sucessivas gestões que não tiveram nenhum compromisso com a governança da empresa.
A reunião não contou com os representantes da Petros, conforme combinado no agendamento. A Petrobrás alegou que a representação da Petros não tinha agenda disponível e o que só será possível no próximo encontro do GT.
Ainda no encontro, os representantes da Petrobrás apresentaram uma planilha com o saldo devedor crescente, desde 2018. Obviamente, que os números mostraram que isso é fruto da gestão neoliberal bolsonarista, que teve em Paulo Guedes seu artífice-mor. O objetivo nunca negado por Guedes era o de estrangular financeiramente os aposentados e pensionistas da Petrobrás, que representam a maior parte do saldo devedor, 94%. Foram PEDs, saldos devedores da AMS e reajustes abusivos que criaram esse contexto.
Ninguém aguenta mais!
O Sindipetro-RJ reforçou que essa situação é insustentável para a categoria. Não faz sentido ter um plano de saúde e depois ainda arcar com uma dívida que para muitos é impagável. O Sindicato pontuou suas propostas que são: o aumento do custeio por parte da Petrobrás; o fim da APS; melhoria no atendimento, com a volta dos postos avançados; e a democratização da gestão da AMS. É hora de a AMS deixar de ser uma caixa-preta, é necessário a criação de uma comissão permanente para avaliar a qualidade do atendimento, credenciamento, descredenciamento, entre outros pontos.
Também na reunião foi reforçada a necessidade da retomada do programa “Parto Adequado”, para que as trabalhadoras da Petrobrás possam ter um parto seguro e digno, não sofrendo violência obstétrica. Além disso, é preciso que o PASA (Programa de Avaliação da Saúde do Aposentado) funcione de forma isonômica nas regiões do Brasil. Neste item, a companhia se comprometeu em dar uma resposta.
Uma nova reunião do GT Petros/AMS está agendada para a próxima sexta-feira (19/05), a partir de 15h.
GTs: próximas reuniões
18/05 – 08h30 – GT PLR e PPP/PCAC e PCR – ANPR
19/05 – 09h – GT Efetivo e Transferência
19/05 – 15h – GT AMS/Petros
Ato no dia 30/05 em defesa da Petros
Os temas Petros e AMS são prioritários para os aposentados e pensionistas da Petrobrás, por isso o Sindipetro-RJ convoca sua base para um ato em protesto a ser realizado no dia 30/05, em frente ao EDISEN, para cobrar medidas de fato acabem com essa asfixia financeira que os inativos do sistema Petrobrás estão sendo obrigados a pagar para bancar dividendos de acionistas.
Compareça, mostre seu repúdio a situação e exija que a direção da Petrobrás pague o que deve à Petros!