Guedes na contramão: quase 900 reestatizações foram feitas por países capitalistas

O banqueiro Paulo Guedes segue intocável comandando a política econômica do governo Bolsonaro e mantém como meta privatizar empresas estratégicas para o país. A privatização da Petrobrás é o sonho de seu atual presidente, Roberto Castello Branco. É o mesmo sonho de FHC, que foi detido pela greve histórica dos petroleiros em 1995.

O que Guedes quer é transformar o Brasil em um país colonial e para isso precisa destruir as estatais. Hoje, no mundo todo, países estão reestatizando empresas que foram privatizadas, porque constataram, por exemplo – conforme pesquisa do centro de estudos em democracia e sustentabilidade holandês Transnational Institute – que:

– entre 2000 e 2017, 884 serviços foram reestatizados no mundo, sendo 83% deles a partir de 2009;

– preços altos e falta de investimentos estão entre as reclamações mais comuns das privatizações;

– a tendência da reestatização é especialmente forte na Europa, mas acontece em países de todo o mundo;

– a prestação de contas e o controle são essenciais para que a gestão pública seja boa.

Curiosamente, entre estes países que estão reestatizando empresas, estão alguns centrais do capitalismo, como a Alemanha. Mas, no Brasil, as privatizações estão na agenda do dia e Paulo Guedes está cumprindo à risca o conselho de Ricardo Salles na reunião ministerial de 22 de abril passado, que foi aberta publicamente por medida judicial: “está na hora de passar a boiada”. Ou seja, correr para flexibilizar as normas em todos os ministérios, aproveitando que estão todos preocupados com o coronavírus.

O Sindipetro-RJ está na luta contra a privatização das estatais!

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