A negociação do acordo coletivo de trabalho de 2017 do Sistema Petrobrás será um dos mais difíceis da história de nossa categoria. O processo de desmonte do Estado brasileiro é ainda mais acelerado do que os dos anos 90, com Collor, Itamar e FHC, junto com um brutal ataque aos direitos e às organizações dos trabalhadores. A proposta apresentada pela Petrobrás traz grandes retrocessos com cortes e congelamentos de benefícios e demonstra que a empresa pretende inserir retrocessos da reforma trabalhista no ACT. A categoria precisa reagir para garantir os direitos que conquistou em tantos anos de luta.
A próxima reunião de negociação será nos dias 21 e 22 de setembro, às 9h, na Universidade Petrobrás (Edicin). Na primeira reunião com a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), realizada dia 14 de setembro, a empresa apresentou sua proposta. A reunião de negociação com a FUP (Federação Única dos Petroleiros) será dias 19 e 21 de setembro. A realização de duas mesas, dividindo a categoria que está unida na defesa de seus direitos, só favorece a Petrobrás. É muito importante que as duas federações realizem ações conjuntas e firmes em defesa da categoria petroleira.
A unidade de ação precisa ser feita por todos os trabalhadores, pois o ataque é a todas as categorias, toda a sociedade brasileira. No dia 29 de setembro o Sindipetro-RJ e a FNP estarão presentes na plenária nacional dos trabalhadores do setor da indústria, em São Paulo, que vai definir os próximos para a construção de uma agenda unificada de luta e resistência dos trabalhadores contra as reformas. A construção de uma nova greve geral é um dos pontos que será debatido com representantes das centrais CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, Intersindical, CTB e UGT e com sindicatos não filiados a centrais, como no caso do Sindipetro-RJ.
E no dia do aniversário de 64 anos da Petrobrás, 3 de outubro, será realizado um ato nacional contra o desmonte da empresa e as privatizações.
Petros – Dia 25 acontece debate na OAB-RJ, das 10 às 15h, sobre as ações administrativas e judiciais conjuntas para enfrentar a proposta de equacionamento do Plano Petros. Estarão presentes representantes do Sindipetro-RJ, FNP, Aepet e Fenaspe.