A anunciada intenção da gestão Bolsonaro/Guedes/Castello Branco de vender a participação da Petrobrás na PBIO (Petrobrás Biocombustível) — uma das seis maiores do setor no país — é ainda mais inaceitável se for levada em conta a crescente importância dos biocombustíveis nas matrizes energéticas do Brasil e de vários outros países. Importância que foi muito reforçada sobretudo a partir do chamado ‘Acordo de Paris’, de 2015, quando quase 200 países se comprometeram com metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera.
Dois artigos sobre o assunto biocombustíveis, publicados em 2016 e 2017 (veja links ao final), já abordam o tema, com destaque para a introdução do etanol de 2ª geração (E2G), que, após longo período de pesquisa e desenvolvimento, finalmente atingiu a escala de plantas industriais, com perspectivas de ampliação do consumo em nível mundial.
Entre outras qualidades do E2G, os textos citam estudos que apontam a capacidade do etanol de 2ª geração de elevar a produção do combustível limpo em até 50%, minimizando assim a necessidade de ampliação das áreas agrícolas para produção de matérias-primas, uma vez que as matérias-primas do processo de geração do E2G são subprodutos ou coprodutos do processo convencional de produção do combustível.
Outra qualidade do E2G apontada pelos artigos é a de ser um combustível ainda mais limpo que o etanol de primeira geração, com capacidade de reduzir as emissões de CO2 da gasolina em até 90%.
As perspectivas abertas pelos biocombustíveis, no Brasil e no mundo, reforçam ainda mais a importância da luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás e da concepção de empresa integrada de energia, contemplando várias etapas e cadeias de produção no setor. Tudo o que a gestão Bolsonaro/Guedes/Castello Branco quer destruir e fragmentar por meio da entrega de importantes ativos ao capital privado.
Veja a seguir os links dos artigos sobre biocombustíveis e etanol de segunda geração:
Acordo de Paris
Etanol 2G – Competitividade relativa com o barril aos US$ 40,00