A ação confirma que a empresa instrui a Segurança a adotar medidas de assédio moral institucional
Na manhã da quarta (17), o diretor do Sindipetro-RJ e da FNP, Eduardo Henrique esteve no CENPES, unidade em que está lotado, para fazer o exame periódico. Na recepção, o sistema informou que a entrada do representante sindical estava “bloqueada pelo RH”. Para ele conseguir entrar na unidade, a liberação precisou ser feita pela médica! Em ato contínuo, também no CENPES, no ano passado, caso semelhante aconteceu com o diretor do Sindipetro-RJ, Igor Mendes: https://sindipetro.org.br/petrobrasbarraacesso1/
Depois de fazer o exame, Eduardo Henrique foi abordado pelo Supervisor da Segurança Patrimonial no corredor, com ordem do RH para impedir sua circulação, proibindo o representante sindical de conversar com colegas no local.
É preciso deter o assédio moral institucional
O Sindipetro-RJ tem denunciado com frequência o uso do assédio moral institucional pela Segurança Patrimonial da empresa como instrumento para a prática antissindical.
É fato que as ações da empresa em manifestações, assembleias, panfletagens e dentro da empresa possuem elementos do assédio:
– práticas abusivas para atingir metas;
– gestão por estresse/medo;
– despersonalização do agente tolerância, na prática, às condutas assediosas interpessoais; e
– insegurança coletiva.
Judiciário tem condenado a Petrobrás
Vale lembrarmos que o Judiciário tem condenado a empresa por dano moral em processos sobre práticas antissindicais como por exemplo 0100003-76.2018.5.01.0034/2018 e 0100084-11-2020-5-01-0016/2020. E, inclusive, o Ministério Público do Trabalho (MPT) já reconheceu casos de bloqueio de acesso de dirigentes como práticas antissindicais.
O Sindipetro-RJ tem combatido e enfrentado todas as formas de humilhações, constrangimentos, discriminações, agressões à honra e à dignidade, e portanto, se posiciona intolerante a qualquer forma de assédio.