Incêndio atinge linha de transmissão de combustível da REDUC

Pela segunda vez este ano, os moradores do entorno e os trabalhadores da Refinaria de Duque de Caxias (REDUC) se assustam por causa de um grave acidente

Nesta segunda (15), um incêndio atingiu uma unidade da Refinaria. O fogo e a fumaça puderam ser vistos de vários pontos da Baixada Fluminense. O incêndio foi controlado com o SMS e a Brigada da própria Refinaria. O Grupamento de Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros de Campos Elíseos chegou a ser acionado às 15h. Não houve feridos. A unidade foi parada e está sob controle. As demais unidades da Refinaria continuam a operar normalmente. A ocorrência foi na P-116 ( Resíduo de vácuo) da U-1210 com início às 14h48 e controle às 15h20. Os brigadistas cuidaram do rescaldo do incêndio, que foi totalmente controlado às 17h.

A REDUC é uma das maiores refinarias do Brasil, ocupa uma área de 13 km² e possui 43 unidades de processo. Entre os produtos estão diesel, gasolina, querosene de aviação (QAV), asfalto, nafta petroquímica, gases petroquímicos (etano, propano e propeno), parafinas, lubrificantes, GLP, coque e enxofre.

Acidentes iminentes

Recentemente, em fevereiro passado, um incêndio, na madrugada do dia 04, atingiu sete caminhões-tanque, que estavam próximos à Refinaria, por volta das 3h30, em uma área de acostamento às margens do km 113 da BR-040. O Corpo de Bombeiros e o plano de emergência do polo de Duque de Caxias foram acionados e controlaram as chamas. Não houve feridos, nem a paralisação das bases de distribuição ou impacto no abastecimento de combustíveis.

Em 2017, houve registro de outros acidentes na refinaria como incêndios por causa de vazamentos em faixas de dutos e explosão de bombas com inclusive perda total de uma subestação.

Nos últimos anos, o número de sinistros ocorridos em refinarias do Sistema Petrobrás aumentou substancialmente, como também vimos acontecer na REVAP e na REPLAN, por exemplo. Tudo num contexto de redução de efetivo, de verba destinada a inspeção e manutenção e abandono das instalações. Somando-se ao aumento da ociosidade, uma das consequências nefastas da política de preços de combustíveis, muitas vezes mal se sabe diferenciar entre um equipamento hibernado e outro em operação, dado o estado precário de conservação.

O Sindipetro-RJ está de olho, na luta em defesa da Petrobrás 100% estatal e pela vida dos trabalhadores.

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