Em defesa da Petros, contra o desmonte da Petrobrás e pela manutenção dos direitos
Petroleiros ativos e aposentados realizaram no dia 4 de abril um ato em frente ao EDISEN, Centro do Rio, em que protestaram contra o desmonte do sistema Petrobrás cuja direção, comandada por Pedro Parente, já opera um conjunto de medidas como: A hibernação de duas fábricas de fertilizantes, as FAFENs da Bahia e Sergipe; a venda de 25% do refino no Brasil representadas pelas refinarias Alberto Pasquallini (RS) e Landulpho Alves (BA), além das respectivas redes de dutos e terminais; venda de blocos do pré-sal e de campos de bacias de alta produtividade (Campos e Santos); a retirada de direitos de trabalhadores ativos e aposentados do sistema; desmonte do fundo de pensão Petros, impondo um equacionamento de R$27,7 bi; desmonte da AMS e Benefício Farmácia.
E para atualizar o “Feirão do Parente”, pois a cada semana temos o anúncio da venda de algum ativo, segundo informações do jornal Correio do Estado, o grupo russo Acron comprou a unidade inacabada (82% concluída) da FAFEN (UFN 3) de Mato Grosso do Sul, localizada na cidade de Três Lagoas.
O Brasil é o 4º maior consumidor de fertilizantes do mundo. Vale lembrar que Pedro Parente conhece bem o setor de agronegócio, pois entre os anos de 2010 e 2014 foi o principal executivo da Bunge no Brasil, gigante multinacional holandesa do agronegócio que tem o seu controle acionário pulverizado na Bolsa de Valores de Wall Street em mãos de empresas e fundos americanos. “Essa luta contra o desmonte é de todos os petroleiros e brasileiros, pois a Petrobrás é uma empresa do povo brasileiro. A empresa não foi criada em gabinete, ela foi criada na rua em uma luta que durou muitos anos com a campanha do “Petróleo é Nosso”. Se essa companhia existe como um gigante que gera milhares de empregos e que contribui para o desenvolvimento do país, isso foi graças à mobilização da população. E agora essa mesma população precisa se mobilizar novamente para que o Pedro Parente e seu grupo tirem as mãos da Petrobrás!” – disse o petroleiro aposentado Silvio Sinedino, presente no ato.
O ato também exigiu a saída do presidente da Petros, Walter Mendes, que ao assumir em fevereiro de 2017, a direção do fundo de pensão, encontrou um déficit de R$ 22 bi, e que agora, cobra dos ativos e inativos um equacionamento de quase R$ 28bi, sem antes cobrar as responsabilidades das patrocinadoras e das gestões anteriores da própria Petros. Destroem a Petrobrás com a privatização e a enfraquecem com o equacionamento, atacando o seu principal ativo: os trabalhadores. Resta defender a Petrobrás e a Petros, pois não existe Petros sem uma Petrobrás integrada e forte.
(Versão do impresso Boletim 64 do Sindipetro-RJ)