Nesta terça (22), foi noticiada a morte de um técnico de operação dentro da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia. O Sindipetro-RJ manifesta toda a solidariedade aos familiares e amigos.
É preciso agir!
Há seis anos, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) – em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza o Setembro Amarelo para fazer um alerta nacional sobre o suicídio, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens.
No dia 10 deste mês, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, fala-se bastante sobre o assunto nas mídias empresariais, mas a campanha precisa acontecer o ano inteiro. Segundo a ABP, são registrados cerca de 12 mil suicídios por ano no Brasil e mais de 1 milhão no mundo.
Importante lembrarmos o julgamento histórico de executivos na França que responderam por suicídio de 35 funcionários. A promotoria pública acusou sete gerentes da France Telecom-Orange, empresa de telecomunicações que foi privatizada, de assédio moral ao pressionarem funcionários a pedir demissão. O caso repercutiu no mundo em julho do ano passado. As vítimas culparam a empresa claramente em cartas que deixaram relatando desespero e opção pelo suicídio.
Transtornos
Dos casos registrados, 96,8% estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro está a depressão, em segundo o transtorno bipolar e em terceiro o abuso de substâncias. Para o CFM, uma das formas de se combater o estigma e salvar vidas é através da informação. Uma das primeiras ações neste sentido foi elaborar uma cartilha em 2014, que aborda prevenção e fatores de risco, entre outros temas.
Posvenção
Como nos ajustarmos à morte por suicídio? O luto do suicídio, segundo a cartilha publicada pela CFM, é o período experimentado por membros da família, amigos e outros contatos do (a) falecido (a). A Organização Mundial da Saúde estima que pelo menos 48 milhões de pessoas são expostas ao luto do suicídio por ano.
Conheça a Cartilha Suicídio – Informando para Prevenir: http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14#page/1
Petroleiros
No trabalho diário da categoria, sabemos das dificuldades enfrentadas pelos petroleiros que cumprem uma rotina de serviços envolvendo desde pressão psicológica à confinamento e atividades em ambientes insalubres. Trabalhos que exigem atenção e segurança máxima somam-se a problemas que permeiam(, por exemplo, *questões familiares e econômicas.
A tragédia desta terça não é a primeira registrada na Petrobrás, trazendo reflexões sobre o ambiente que o (a) petroleiro (a) está encontrando hoje e as doenças que são geradas pelo exercício laboral e clima de assédio crescente .
Vale lembrarmos que o plano de desinvestimento de Roberto Castello Branco colabora com o estado de estresse, que a RLAM está sendo vendida em um processo que está sendo questionado inclusive no Supremo Tribunal Federal e que nesta terça, lamentavelmente, foi retirado da pauta de votação com 03 votos contra a venda.
O Sindipetro-RJ faz o alerta e ressalta que o setor de Saúde do Sindicato está à disposição: contato@sindipetro.org.br