A Petrobrás anunciou na última sexta-feira (25) uma proposta de reestruturação societária na BR Distribuidora, como parte do processo de abertura de capital da subsidiária.
A operação, que envolve injeção de R$ 6,3 bilhões na BR, tem como objetivo limpar o balanço da BR para ampliar o valor das ações que serão emitidas no processo de abertura de capital da distribuidora, que é parte do plano de desinvestimentos da estatal.
A proposta apresentada transfere para a Petrobrás créditos da BR com o acordo assinado em 2014 para o parcelamento de dívidas de empresas do grupo Eletrobrás pelo não pagamento de combustíveis para térmicas. O acordo dividiu em 120 parcelas uma dívida de R$ 8,6 bilhões, dos quais R$ 7,3 bilhões são garantidos pela CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).
Ao fim de 2016, o valor remanescente dos créditos a receber pela BR da Eletrobrás somava R$ 6 bilhões, segundo o balanço da companhia.
Em nota, a Petrobrás explica que os créditos serão transferidos para uma nova empresa, chamada ‘Downstream Participações’, que depois será incorporada pela estatal.
A BR usará os recursos do aporte para pagar outras dívidas, reduzindo os compromissos que hoje tem em balanço —ao fim de 2016, a empresa contabilizava dívidas de R$ 12,4 bilhões.
Assim, mais uma manobra no mínimo suspeita da direção da Petrobrás, presidida por Pedro Parente, que agora resolve fazer ajustes societários e financeiros com recursos da empresa para que a Eletrobrás que teve seu anuncio de privatização divulgado recentemente pelo Governo de Temer , fique zerada da dívida pelo uso de termelétricas , e assim faça a felicidade de seus futuros donos. Pedro Parente, fazendo cortesia para o mercado com o “chapéu alheio”.