Defensor de privatização da Petrobrás aceita convite para exercer sua presidência: sabotagem?
Pelos noticiários do dia 19/11/2018, Roberto Castello Branco aceitou exercer a presidência da Petrobrás no novo governo a convite do futuro ministro Paulo Guedes. Castello é um anti-brasileiro avesso aos sucessos empresariais estatais, tendo o liberalismo como religião. No último período, criticou a Petrobrás por seu sucesso concorrencial no refino e na distribuição, como se ainda houvesse um monopólio legal , responsabilizando a empresa pela atual política de preços a qual, na verdade, atende ao deus que ele defende: o mercado. É fundamental esclarecer que o monopólio estatal foi quebrado em 1997 por FHC e que, desde então, qualquer operadora pode investir em exploração e produção, refino, gás, distribuição e disputar todo e qualquer mercado que fosse da Petrobrás. No entanto, ao longo dos últimos anos , o que se viu foi a total falta de investimento empresarial privado, que não se dispôs a assumir qualquer risco próprio desses mercados: não avançaram nem no E&P, tampouco no refino, mas ocupam majoritariamente o segmento de distribuição. Somente depois de 2013, com o advento das parcerias que levaram a Petrobrás a se vincular aos seus concorrentes, estes avançaram… mais por “incentivos” da Petrobrás do que por mérito próprio empresarial. Bolsonaro só tem uma chance de ser diferente de tudo que esteve e está aí: ou reverte e anula todos os leilões e a legislação que desonera as atividades em petróleo no país ou segue patrocinando este saque contra o povo e contra a chance de um desenvolvimento independente e soberano. Se for para exercer toda esta subserviência ao império: Castello Branco se curvará.
Versão do impresso Boletim XCVIII