Após a Greve Nacional Petroleira, trabalhadores e trabalhadoras que participaram do movimento sofrem por todo Brasil com ameaças de punição, cartas de advertência, perseguições e assédio praticados pela Petrobrás e Transpetro. Os sindipetros da FNP, entre eles o Sindipetro-RJ, estão realizam manifestações contra essa prática antissindical em diversas unidades.
Hoje, Dia Nacional de Luta, aqui no Rio já ocorrem atos, atrasos e manifestações no CNCL, Transpetro Sede, TABG (foto) e TEBIG , na entrada do expediente. Em solidariedade aos trabalhadores ameaçados, foi realizado ato em frente à sede da Transpetro, na última sexta-feira. Um dos principais alvos de perseguições tem sido o Centro Nacional de Controle Logístico da Transpetro (CNCL), área estratégica que controla os dutos de óleo e gás de toda a Petrobrás: “Colegas que participaram da greve estão em situação de assédio e opressão por conta de adesão ao movimento. Por conta disso pedimos solidariedade aos que não participaram da greve” – explicou Denilsom Argollo, diretor do Sindipetro-RJ.
Em Minas Gerais (Regap), um operador foi punido por “abandonar” a unidade após 16 horas de trabalho ininterruptas. E o pior, mesmo sob a anuência do gerente e diante do fato de que não é seguro operar equipamentos complexos e perigosos sem dormir ou descansar.
Já em Cubatão, na UTE Euzébio da Rocha, três trabalhadores que aderiram ao movimento sofreram uma suspensão de cinco dias, sob alegação de abandono de posto de trabalho sem passagem de serviço. Centrado no repúdio a qualquer tipo de punição, inclusive contra a imoral multa que o TST ameaça aplicar aos sindicatos, o Dia Nacional de Luta, terá como eixos também a defesa da Petrobrás, o fim da política de privatização e venda de ativos, a luta contra a perda de direitos dos petroleiros e pela redução do preço dos combustíveis. Nossa greve foi vitoriosa e forte. Temos orgulho de cada um que participou desta construção! Mesmo com dois dias apenas, colocamos em xeque, junto com os caminhoneiros, a política de preços e a privatizacão, chegando até a renúncia do Parente.
Não aceitaremos nenhum tipo de punição, assédio ou perseguição. Pelo contrário, sabemos que o novo presidente, Ivan Monteiro, seus amigos entreguistas e puxa sacos de plantão tentam reorganizar seus planos privatistas sob os destroços de uma política altamente questionada e, para isso, querem passar por cima dos trabalhadores, que defendem a Petrobrás integrada e forte.
Está mais do que na hora de nos organizarmos, protestarmos contra sanções disciplinares ilegítimas que apenas tentam intimidar a luta dos petroleiros e petroleiras. Todo apoio aos que participaram da greve. Nossa pressão e unidade têm que crescer a cada dia, para juntos construirmos uma greve geral dos petroleiros e de toda a classe trabalhadora. Ninguém fica para trás!!!
Versão do impresso Boletim LXXV