No próximo sábado (05/02), a partir de 10h, será realizado um ato em protesto contra a morte de Moïse, na Praia da Barra – Posto 8 (Av. Lucio Costa 6900) – RJ
O Sindipetro-RJ se solidariza com a família e amigos do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, brutalmente assassinado em um quiosque, onde trabalhava, na última segunda-feira (24/01) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Por cobrar o pagamento de seu salário, duas diárias, Moïse, ajudante de cozinha, foi espancado até a morte por três homens. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o congolês foi espancado no quiosque Tropicália, onde trabalhava.
Moise estava no Rio de Janeiro desde 2011, quando buscava uma nova vida no Brasil por não suportar mais a guerra no Congo.
A morte de Moïse Mugenyi Kabagambe revela infelizmente a face de um país, em que parte da sociedade , racista e xenófoba, desrespeita direitos de trabalhadores.
O brutal assassinato de um trabalhador sempre choca. Em cada canto do Brasil, em cada rincão, em cada rua e beco de favela, pessoas são mortas por cobrarem seus direitos e pelo racismo estrutural, que vem sob várias formas, seja estatal ou privada.
O Brasil, em tempos de discurso de ódio, espanca até matar pessoas em supermercados, trata como meras arrobas descendentes de quilombolas, nega acesso à água para seus povos originários, ignora famintos nas ruas e condena à pobreza quem fica idoso. Isso sem contar no desleixo aos mais de 600 mil mortos pela pandemia da COVID-19.
É preciso um basta nisso, basta de ódio, desleixo, violência e preconceito.
Que Moïse não seja mais um nas estatísticas que invisibilizam vidas. Queremos respeito e paz.
O Sindipetro-RJ exige apuração rigorosa do assassinato brutal do trabalhador Moïses ugenyi Kabagambe!