Petrobrás registra morte de três trabalhadores terceirizados

Foram 3 dias e 3 mortes. Sindipetro-RJ alerta sobre necessidade de investigação dos casos e se solidariza com familiares e amigos

Sindipetro-RJ/FNP cobra Petrobrás sobre a morte de engenheira terceirizada em Cabiúnas

Na segunda (07), a engenheira Rafaela Martins de Araújo, 27 anos, estava trabalhando para a MJ2 Construções, prestadora de serviços para a Petrobrás, em uma obra no Terminal de Cabiúnas, em Macaé, quando foi atropelada por um rolo compressor, que teria perdido o freio, na estrada de acesso aos galpões do Terminal, área 5 do Compartilhado.

Rafaela chegou a ser levada para a UPA mais próxima, no bairro Lagomar, mas não resistiu.

O caso está sendo investigado. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, houve traumatismo craniano, nenhuma fratura e pequenas escoriações.

Offshore

O outro caso ocorreu na base territorial do Sindipetro-NF e foi divulgado no sábado (05) quando o corpo de Edson Lopes Almeida, técnico que estava a bordo do FPSO da Modec, outra empresa que também presta serviços para a Petrobrás, foi encontrado no dia previsto para o desembarque.

Investigações internas

Não é aceitável que um trabalhador perca a vida num acidente causado por um equipamento que apresenta defeito em freio. Há de se garantir a manutenção adequada e permanente. Assim como é preciso averiguar todas as circunstâncias que envolveram a morte de um embarcado, porque o trabalhador poderia, por exemplo, não estar em condições de saúde adequadas.

Os dois casos devem ser investigados por comissões internas com a participação das CIPAs e da representação sindical!

Debate sobre Terceirização e Precarização do Trabalho

O Sindipetro-RJ tem apresentado de forma contundente à Petrobrás – em reuniões com gerências locais, passando pelas CIPAs, chegando até a hierarquia – a necessidade da estatal solucionar os inúmeros problemas relacionados às más condições de trabalho, especialmente dos terceirizados no Operacional como falta de treinamento e EPIs adequados, baixos salários, ausência de benefícios e empresas que não cumprem a legislação trabalhista.

E apesar da Petrobrás negar transparência com relação aos dados referentes à terceirização, solicitados de forma persistente pela representação sindical, os fatos mostram que é urgente a necessidade de mudança na realidade dos terceirizados que acabam sendo as vítimas na maior parte dos acidentes registrados pela empresa.

Para discutir essas e outras questões, o Sindipetro-RJ vai realizar o debate Terceirização e Precarização do Trabalho no dia 17/10, às 17h, no Clube de Engenharia (Avenida Rio Branco, 124-Centro). Compareça!

Segurança pública

Em outro viés, realçando as dificuldades enfrentadas pela população no dia a dia, um petroleiro foi vítima da falta geral de segurança no Estado do Rio de Janeiro que só tem sido aprofundada no governo do bolsonarista Cláudio Castro (PL).

Na noite do domingo (06), o engenheiro grego Meletios Barmpas, 46 anos, que vivia no Brasil há 11 anos e prestava serviços para a Petrobrás, voltava de Búzios com a família quando teve o carro interceptado por dois assaltantes numa motocicleta na altura do Km 19, em São Gonçalo.

Meletios foi atingido por um tiro na cabeça e não resistiu.

Toda solidariedade a familiares e amigos!

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