Sindipetro-RJ participa de protesto e entrega Carta ao Consulado da França no Rio de Janeiro contra perseguição política ao sindicalista e líder de partido político, Anasse Kazib
Na manhã desta segunda (16), diretores do Sindipetro-RJ e da FNP, junto com representantes do Sindicato Nacional dos Serviços Federais e da CSP-Conlutas, entre outros, participaram de protesto em frente ao Consulado da França e entregaram Carta contra a perseguição a dois ativistas da organização política Révolution Permanente que serão julgados dia 18/06 em Paris sob acusação de “apologia ao terrorismo” por serem solidários ao povo palestino.
Um dos acusados é Anasse Kazib – ferroviário, sindicalista e porta-voz da organização política Revolution Permanente. Ele ganhou notoriedade durante as greves de 2018 contra a privatização do setor ferroviário. Kazib concorreu às eleições presidenciais em 2022 e legislativas em junho do ano passado em distrito nos subúrbios de Paris.
O sindicalista publicou um tweet em 2023 expressando apoio ao povo palestino, denunciando massacres em Gaza, e está enfrentando um pedido de até sete anos de prisão, multa de pelo menos 100 mil euros e perda de direitos políticos.
A condenação de Kazib pode abrir possibilidade perigosa de precedente para a criminalização dos discursos políticos.
Esta é a primeira vez que levam ao Tribunal uma liderança política. Desde o início da guerra, centenas de pessoas já foram perseguidas. Não apenas a França, mas também outros como Alemanha, EUA e Reino Unido estão realizando perseguição, usando lei de antiterrorismo contra pessoas que se manifestam a favor do povo palestino.
Sindipetro-RJ e FNP assinam Carta Mundial
Carta já possui mais de 1.000 assinaturas, incluindo personalidades como os ganhadores do prêmio Nobel, ativistas como Angela Davis, Nancy Fraser e Frédéric Lordon.
O documento, que está sendo entregue em diversas partes do mundo, exige a absolvição de Kazib e de seu companheiro e o fim da perseguição política e judicial.
Toda solidariedade aos ativistas e organizações que têm expressado solidariedade aos ativistas que estão sofrendo perseguições e sendo processados por serem solidários contra o genocídio em curso na Palestina!