Por Rosa Maria Corrêa
É o início da fase não-vinculante da venda divulgada em dezembro passado
Com a pressa que não por acaso já comparamos tantas vezes a de uma boiada, a hierarquia bolsonarista chefiada por Castello Branco tem trabalhado dia e noite para deslanchar o mais rápido possível o desmonte da Petrobrás. A venda de 51% na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. (TBG) e de 25% na Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A. (TSB) foi anunciada na noite de sexta (05).
No comunicado, a empresa afirma que “os potenciais compradores habilitados para essa fase receberão um memorando descritivo contendo informações mais detalhadas sobre as companhias em questão, além de instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para elaboração e envio das propostas não vinculantes”.
Após a venda, o Brasil deixará de ser o operador do gasoduto Bolívia-Brasil em território brasileiro. A TBG responde a 2.593 km de extensão, com capacidade de transportar 30 milhões de m³ por dia, passando pelas regiões centro-oeste, sudeste e sul. No caso da TSB, localizada no Rio Grande do Sul, são 50 km de dutos instalados e um projeto de 565 km que depois de concluídos farão a conexão dos campos de produção na Argentina à região metropolitana de Porto Alegre e ao gasoduto da TBG.
Portanto, as duas empresas fazem parte da lista do desmanche que o governo Bolsonaro está colocando em prática, garantindo as execução das privatizações que Paulo Guedes prometeu aos seus apoiadores ainda em campanha.
O Sindipetro-RJ luta contra as privatizações das estatais e por uma Petrobrás 100% estatal para o povo brasileiro.