Vamos à greve contra a privatização e em defesa de nossos direitos históricos!
As assembleias de vários estados e na base do Sindipetro-RJ têm mostrado que a insatisfação da categoria é patente, mesmo diante de todo o assédio imposto pela direção da empresa. Em peso, as bases operacionais, terminais, plataformas e refinarias estão rejeitando a proposta da Petrobrás e apontando a necessidade de deflagração da greve. Os prédios administrativos, com seu grande número de gerentes e cargos de confiança, através de assembleias gigantes como do EDISEN, que contou com mais de 3 mil votantes, também rejeitaram a proposta.
O RH (agora, com o nome de GP, comandado pelo tal Gerente Executivo “do Mercado” e por uma “assessora” contratada especialmente para destilar suas maldades na proposta do ACT), tomou uma invertida nestas assembleias, mas insiste nos métodos de intimidação, opressão e terrorismo. Com objetivos claros de impor à privatização, divisão da categoria e destruição dos sindicatos.
Para garantir o mínimo de normalidade democrática das assembleias, o Sindipetro-RJ adotou o processo de votação por cédulas. Ainda assim, foi grande o assédio por parte de gerentes e seus assessores e secretários “crachás verdes genéricos”, que entraram na empresa sem concurso, por indicação do atual governo.
O inimigo tem uma agenda clara, acelerada e ofensiva
Tudo isso acontece num contexto em que o governo Bolsonaro anuncia através de seu neoliberal-mor, Paulo Guedes, a privatização de 17 empresas estatais como Correios, Eletrobrás e Casa da Moeda, entre outras. Guedes ainda avisa que pretende privatizar a Petrobrás até o fim do governo Bolsonaro. Não bastasse isso, o país vive dias de sombria escuridão por causa da nossa Amazônia em chamas, cujas cinzas transformaram o dia em noite, como aconteceu em São Paulo no último dia 19 de agosto.
A reação é agora!
O momento é de unir forças de todas as categorias afetadas por esse cataclisma econômico imposto pela agenda neoliberal para enfrentar em conjunto as privatizações, reforma da Previdência, reforma Trabalhista, opressões e a destruição da natureza, assim como exigir um basta na política de assassinatos de pobres, negros, mulheres e LGBTs.
A unidade de ação entre as Federações, que fortalece a categoria, deve cumprir este objetivo, não temos tempo a perder! FNP e FUP devem convocar a greve o quanto antes, se antecipar à próxima investida da empresa.
Assembleias continuam
Estamos em meio a uma batalha contra o assédio e a contrainformação de Castello e Bolsonaro. Não é tradição do Sindicato divulgar parciais, mas frente a estes ataques privilegiamos exibir as principais votações que expressaram as tendências de reação ao assédio.
Seguem as assembleias que foram reprogramadas de acordo com as tabelas de turno e embarque. Divulgaremos todos os resultados, inclusive das bases operacionais e os próximos passos nas mídias do Sindicato ao final deste ciclo.
Confira a avaliação da direção do Sindicato sobre as assembleias que estão sendo
realizadas. (http://bit.ly/AvaliaçãoAssembleias) .
Versão do impresso Boletim CXXXV