No Dia Nacional de Mobilização, petroleiros disseram sim à vida e repudiaram desmonte da Petrobrás

Na última sexta-feira (7/8), a FNP acompanhou, em suas bases, as atividades do Dia Nacional de Luto e Luta convocado pelas centrais sindicais, com transmissão ao vivo que começou às 6h30 da manhã.

Durante todo o dia, dirigentes da FNP e sindicatos filiados participaram das mobilizações, que incluíram protestos dos petroleiros contra o descaso do governo em face das mais de 100 mil mortes devido à COVID-19 no país, além da plenária pelo Fora Bolsonaro/Mourão/Guedes/Castello Branco, do ato em defesa da AMS e da reunião de articulação da Frente Parlamentar em Defesa das Estatais.

Como foram as mobilizações

Na base do Sindipetro-RJ, foram realizadas agitações e assembleias para sinalizar o protesto pelas quase 100 mil mortes provocadas pela COVID, com atrasos de 100 minutos no TABG e TEJAP, além da presença também no CENPES. No aeroporto, os petroleiros realizaram atividades na quinta-feira (6/8), em função da escala de voos.

No Litoral Paulista, base do Sindipetro-LP, a mobilização aconteceu no Terminal da Alemoa, em Santos, e no Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião. Na base do Sindipetro-PA/AM/MA/AP, houve panfletagem no terminal de Miramar, em Belém (PA). Em São José dos Campos, petroleiros fizeram agitação na REVAP e na rodovia presidente Dutra. Pelo Sindipetro-ALSE houve mobilização dos petroleiros na unidade de Pilar, com atraso de cerca de 2h na entrada do expediente.

Contra a privatização e as vendas de ativos

Além de afirmarem o mote ‘em defesa da vida e do emprego e contra a retirada de direitos’, as manifestações criticaram as vendas de ativos e o desmonte da Petrobrás praticados pela gestão Castello Branco, como as concessões dos polos de Alagoas, Ceará e Urucu (AM), a intenção de vender a Petrobrás Biocombustível (PBIO) — uma das maiores produtoras de biodiesel do país — e a refinaria da Bahia (BA), entre outras medidas que reduzem a empresa ao papel de mera exportadora de óleo cru e importadora de combustíveis. Só no Nordeste — onde 40% de toda a produção industrial de Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte é de responsabilidade da Petrobrás —, as vendas de ativos da empresa vão significar a perda de 320 mil empregos na região.

Coronavírus já tirou a vida de 18 petroleiros

Na Petrobrás, o número de mortos por COVID-19 chega a 18. No entanto, a realidade pode ser ainda pior por causa da falta de registro dos óbitos e da subnotificação praticadas pela direção da empresa. Outro problema é que, desde o início da pandemia, a gestão da Petrobrás vem impondo uma série de dificuldades ao afastamento de trabalhadores do grupo de risco com menos de 60 anos em determinadas funções.

No COMPERJ a realidade não é diferente. A COVID-19 fez várias vítimas na unidade e ainda há relatos de subnotificações, o que significa que o número de mortos pode ser bem maior.

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