A pauta principal era a reversão da demissão “Por Justa Causa” de 10 empregados que integram a comissão dos trabalhadores junto à empresa. Houve nesta quinta (20/07) uma proposta da parte dos trabalhadores da reversão das demissões para o formato “Sem Justa Causa”, desde que a empresa concedesse o reajuste de 10.7% nos salários e benefícios. Mas nesta sexta-feira (21/07), a CS Brasil informou que não concorda com o percentual proposto
Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (21/07), os motoristas da empresa CS Brasil, que trabalham no GASLUB, decidiram manter a greve iniciada em 28/06. Inicialmente, os trabalhadores abriam mão de reintegração dos integrantes da comissão desde que as demissões fossem convertidas para “Sem Justa Causa”, propiciando assim o pagamento das rescisões contratuais de forma completa. Assim, estariam criando um fato novo nas negociações para o atendimento do reajuste desejado pela categoria. Mas a CS Brasil não concordou em conceder um reajuste de 10,7%, continuando disposta conceder o aumento de apenas 6%, gerando assim um grande descontentamento nos motoristas em greve.
Na próxima segunda-feira (24/07) será realizada mais uma assembleia que vai avaliar os rumos do movimento.
Cronologia da luta
No dia 28/06, os motoristas da CS Brasil lotados no GASLUB iniciaram uma greve por reajuste de salários e de benefícios. Logo a empresa começou a reprimir o movimento grevista legítimo dos empregados com ameaças, demitindo 10 trabalhadores, configurando assim prática antissindical.
Em 03/07, diante da força da mobilização dos trabalhadores, a CS Brasil se comprometeu de forma verbal a praticar o reajuste salarial e de benefícios e a reintegrar os demitidos. Mas após o retorno do terceirizados às atividades, a empresa descumpriu o que havia combinado, e novamente os trabalhadores retomaram a greve na segunda-feira (17/07).
Sindicato cobra da Petrobrás
O Sindicato tem enviado sistematicamente cartas ofício para a gestão da Petrobrás, cobrando uma série de providências em relação à atuação da CS Brasil no GASLUB em situações nas quais a empresa descumpre a legislação como a fraude na folha de ponto; a periculosidade paga de forma equivocada sem reflexos; e a não computação das horas noturnas dos motoristas que recebem o veículo de madrugada e têm que deixar os colegas em casa.
Cabe frisar que o Sindicato não possui a representação sindical desses trabalhadores, mas a partir de sua solidariedade de classe apoia a luta desses trabalhadores, pois considera os terceirizados da Petrobrás também integrantes da categoria petroleira.