A nova gestão da Petrobrás não nos deixa mentir!
Os recentes e sucessivos ataques ao Sindipetro-RJ não são à toa. Pelo contrário! A gestão da Petrobras sabe que o Sindicato é o principal instrumento de luta dos(as) trabalhadores(as). Por isso, é primordial enfraquecer o sindicato , amedontrar a categoria e desestimular o engajamento na luta de modo a facilmente retirar do próximo ACT direitos já conquistados, assim como privatizar a empresa através de desinvestimentos ou parcerias. Nesse propósito, a gestão da Petrobras vem realizando vários ataques ao Sindicato e à categoria petroleira: 1) proibição à campanha de sindicalização , exposições culturais ou qualquer outra atividade do sindicato nas dependências da empresa; 2) dispensa da função especialista (consultoria) das dirigentes sindicais Carla Marinho e Patrícia Laier, revalidadas em 2018 para a função pela própria empresa, sob o único argumento de ambas serem dirigentes sindicais; 3) retirada de todas as atividades da assistente social Moara Zanetti, lotada na GP (antigo RH), sob o mesmo e único argumento; 4) indução à desfiliação sindical dos empregados lotados na GP de todo o país, exatamente no momento em que a empresa se orienta para uma forte retirada de direitos.
Estas medidas se constituem como práticas antissindicais , totalmente contrárias ao Código de Ética da Petrobrás, além de ilegais e inconstitucionais! Em função disso, o SINDIPETRO-RJ tem realizado ações políticas, jurídicas, de comunicação dentro e fora do ambiente petroleiro, dentre outras. Na última sexta-feira, em 15/02, houve também uma reunião da diretoria do SINDIPETRO-RJ com representantes da empresa, que se limitaram a responder sobre a proibição de atividades sindicais nas dependências da companhia , alegando tratar-se de uma prática de mercado. Com a mesma aparente simplicidade, garantiram que o ACT seria respeitado até setembro, quando seria a “oportunidade” de modificá-lo. Todos sabemos sob qual lógica será pautada a proposta da empresa para o nosso ACT.
Nossos colegas terceirizados sentem na pele tais “práticas do mercado”. Tiveram seus salários reduzidos em até 75%, com pessoas recebendo hoje cerca de R$ 1200,00 por mês; veem o benefício saúde excluindo os seus dependentes; não têm qualquer estabilidade no emprego, submetendo-se cada vez mais à precárias condições de trabalho. Estas são as “práticas de mercado”, reforçadas após a nova legislação (anti-) trabalhista.
Contraditoriamente a esse discurso, a gestão da Petrobras vai na contramão do “sonho” de qualquer empresa de mercado: tenta vender parte rentável de suas atividades e insite em reduzir cada vez mais a sua participação de mercado no país, deixando o caminho livre para as suas concorrentes. Que empresa de mercado favorece a concorrência? Faz parte dos projetos da atual direção da empresa, como já era em outras gestões, a redução da Petrobrás a uma mera exportadora de óleo cru.
Deter a evolução deste triste cenário depende da reação e da luta da categoria petroleira! E historicamente esta categoria não foge à luta!
Assim, o Sindipetro-RJ convoca os (as) petroleiros (as) à reação! Hoje nossa luta passa por direitos enquanto trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás e de todo o país! Contra a privatização da Petrobrás! E mais do que isso : hoje precisamos nos unir contra as perseguições políticas e pelos direitos democráticos, direito ao contraditório e à liberdade de expressão e associação. Pela autonomia técnica-profissional!
A atual direção quer submeter os quadros técnicos aos interesses dos políticos de ocasião, os quais, na maior parte das vezes, não são os melhores para a empresa e para o país.
É hora de todos(as) nos posicionarmos, nos unirmos, nos mobilizarmos e nos sindicalizarmos! Acompanhe e participe do calendário de atividades.
NOSSO SINDICATO É FORTE! E A NOSSA UNIÃO E ORGANIZAÇÃO SÃO A NOSSA FORÇA!
Versão do impresso Boletim CIX