Os sindicatos filiados à FNP, dentre eles o Sindipetro-RJ, têm cobrado que a Petrobrás cumpra o Acordo Nacional do Benzeno, da qual a empresa foi uma das signatárias, mas as direções da companhia durante todos esses anos nunca deram a devida importância à exposição ao agente cancerígeno, a que seus empregados são submetidos
Em 2004, com apenas 36 anos, o petroleiro Roberto Viegas Krappa morreu de leucemia mieloide aguda. Krappa trabalhava como técnico de operações na RPBC, em Cubatão. Sua morte ocorreu 22 dias depois de manifestar os primeiros sintomas da doença.
A bancada dos trabalhadores na Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) transformou a data (5 de outubro) no Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno. A viúva do operário também travou uma longa batalha na Justiça até que fosse reconhecido o nexo entre a enfermidade do marido e o contato que ele tivera com o benzeno enquanto trabalhava, sendo exposto ao produto.
A CNPBz foi produto de um processo negocial que culminou com a efetivação do Acordo Nacional do Benzeno, firmado em 20 de dezembro de 1995 e regulamentado através da Portaria SSST n.º 14 de 20 de dezembro de 1995, publicada no DOU de 22 de dezembro de 1995, com o objetivo de acompanhar a implementação do Acordo e do Anexo 13 – A da NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.
Atendendo aos interesses patronais, a comissão foi extinta durante o governo de Bolsonaro. Atualmente existe a expectativa junto ao Governo Federal para a retomada dos trabalhos da CNPBz. Os sindicatos petroleiros estão mobiliados na perspectiva em retomar as comissões nacional, estaduais, e regionais previstas no Acordo nacional do Benzeno