Começamos nossa conversa com um alinhamento básico, mas fundamental: SOMOS TODOS(AS) TRABALHADORES(AS)! Dependemos da venda do nosso trabalho para recebermos uma remuneração que nos sustente.
Os prédios administrativos são um espaço privilegiado para a gestão da empresa e apoio às áreas operacionais. Esse caráter da atividade nos prédios não retira seus trabalhadores da condição de assalariados, assim como não retira a necessidade e a importância dos administrativos numa greve. Pelo contrário: é nos prédios administrativos que se faz a gestão dos contratos de prestação de serviços para a empresa; onde se fecha a folha de pagamento de todos os empregados próprios. É onde são sistematizados os padrões que normatizam a produção e a política de SMS, crucial para a preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente. Nas áreas administrativas é onde se elaboram as políticas e os termos dos nossos benefícios.
Alguém tem dúvidas sobre a importância dessas atividades para o funcionamento da empresa? O ADM em greve também é um importante fator de pressão junto à gestão da empresa! Não é possível desconsiderar o valor do ADM ou pensar a nossa categoria de forma fragmentada, isentando uma parte desta da responsabilidade de lutar pelos benefícios-direitos usufruídos por todos e conquistados nas mobilizações e greves.
REFLITA SOBRE OS PLANOS DE CASTELLO BRANCO-BOLSONARO E OS RISCOS QUE CORREMOS:
– A atual gestão já declarou que sonha em vender toda a Petrobrás. Como não pode fazê-lo, diz querer manter apenas o E&P, ou seja, reduzir em 70% o número de trabalhadores. Aí entramos em outro alinhamento básico, mas fundamental: o tamanho da área administrativa é diretamente proporcional ao tamanho das áreas operacionais, pois existe para lhe prestar apoio e gestão.
– Dos 30% de trabalhadores que estão no E&P hoje, qual a garantia de que tais “vagas” não serão preenchidas por gerentes, que podem reunir algum nível de qualificação técnica e que já provaram serem capazes de vender a alma? Ou outra hipótese não menos real: com a Lei da Terceirização, depois de um período de “passagem de serviço”, os petroleiros do E&P poderão ser substituídos por trabalhadores terceirizados, com baixos salários e com vínculos precários, sem direito nem mesmo ao plano de saúde para seus dependentes, como vemos acontecer com nossos colegas petroleiros contratados. – E mais: com a venda das refinarias e o consequente enfraquecimento do Sistema Petrobrás com a venda da BR, por exemplo, o que restará do próprio E&P e quantas pessoas serão necessárias para conduzi-lo?
– Por fim, a empresa vem com uma violenta proposta de ACT que retira diversos e importantes direitos conquistados pela categoria petroleira, justamente para facilitar tudo isso.
O EMPREGO DE TODOS(AS) NÓS ESTÁ EM RISCO!
A piora das nossas condições de vida, das nossas famílias e de todo o povo brasileiro está em jogo! Nosso ACT e nossa empresa estão sendo rifados! A paralisação é uma realidade nessa conjuntura! A questão fundamental que está colocada é: iremos paralisar a produção sob o controle dos trabalhadores em greve ou esperaremos, e não por muito tempo, sermos paralisados de forma praticamente irrevogável, pela atual gestão da Petrobras e do país, com milhares de demissões, muitas privatizações, etc? Como mudar isso? Qual a força do trabalhador?
MOBILIZAÇÃO e, principalmente, GREVE! Greve forte em toda a Petrobrás! Não se esqueçam que a melhor forma de manter nossos empregos e a Petrobrás é lutar! A HORA É ESSA! PRECISAMOS DE TODOS(AS) NESSA LUTA!