O desastre da gestão neoliberal de Bolsonaro na Petrobrás

Economista do Ibeps Eric Gil Dantas faz uma análise do que foi a gestão na empresa nos últimos quatro anos: privatizou como nunca, cobrou os preços mais altos da história, subsidiou os combustíveis desviando impostos com fins eleitorais e investiu o mínimo

 

Em artigo publicado no site da FNP, o economista fez um balanço de como a empresa apesar de Bolsonaro e Paulo Guedes conseguiu “sobreviver” ao período.

“Finalmente chegamos ao último mês do lento e abjeto governo Bolsonaro. A Petrobrás sobreviveu ao seu maior teste de resistência desde as ondas de privatizações da década de 1990. Sobreviveu com algumas sequelas, é verdade, mas sobreviveu, e é o que importa”, avalia Dantas.

Em síntese, no artigo, Eric Dantas diz que a Petrobrás sob o governo Bolsonaro aprofundou a política já herdada anteriormente. 

Bolsonaro foi quem mais privatizou

Bolsonaro foi de longe o presidente que mais privatizou a Petrobrás desde o início do processo de “desinvestimentos”, em 2015. O “Privatômetro” do OSP contabiliza que até outubro de 2022 foram vendidos R$ 275,5 bilhões em ativos da petroleira, sendo que R$ 173 bilhões destes sob o governo Bolsonaro. Foram privatizações como a da TAG, ações da Petrobrás de posse do BNDES, BR Distribuidora, Campo de Albacora Leste, RLAM, Polo Potiguar, Campo de Carmópolis, Liquigás, REMAN e SIX.

“A gestão Bolsonaro deu continuidade aos baixos investimentos da estatal. Mesmo com receitas recordes nestes últimos anos, devido ao Real depreciado e preços recordes do barril de petróleo e dos produtos derivados, a empresa ignorou novos investimentos, preferindo esvair tudo em dividendos” – analisa.

Para o economista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e do Observatório Social do Petróleo (OSP), o Brasil perdeu uma oportunidade ímpar com o novo ciclo de commodities que perpassou a maior parte do governo Bolsonaro, infelizmente os altos preços internacionais ao invés de impulsionar a economia brasileira, gerou apenas mazelas para o seu povo.

Os desafios da Petrobrás como uma empresa comprometida com seus verdadeiros proprietários, o povo brasileiro, são muitos. Mas os mais urgentes são, com certeza, a retomada dos investimentos, a redução do preço dos combustíveis e a transição energética. Não esquecendo  da recuperação da recuperação dos ativos privatizados por Bolsonaro e Paulo Guedes, como refinarias,  Pbio, os ativos estratégicos produtores de gás natural, a malha de duto de gás, as eólicas, entre outros.

“Esperamos que 2023 seja um ano de uma verdadeira inflexão na política da Petrobrás” – finaliza.

Confira a íntegra do artigo em https://fnpetroleiros.org.br/noticias/7119/artigo-o-que-foi-a-petrobras-sob-o-governo-bolsonaro

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