O editorial desta segunda-feira (17), publicado pelo O Globo mostra o grau de subversiência da burguesia brasileira aos interesses do capitalismo estrangeiro e sua oposição aos reais interesses do Brasil, aplicando uma narrativa que tenta jogar a população contra a Greve Petroleira e a organização sindical.
Este veículo, já conhecido por seus vínculos com o neoliberalismo de Paulo Guedes, aplica a política do ” morde e assopra ” quando o assunto é o governo Bolsonaro. Se por um lado ataca as relações promíscuas do presidente da República com a milícia do Rio de Janeiro, por outro apoia incontinente a destruição do patrimônio do Brasil e dos direitos dos trabalhadores com a atual política econômica levada a cabo sob os ditames da banca internacional.
O Globo, ao elogiar a política de preços aplicada aos combustíveis, ou seja, a política do Preço de Paridade de Importação (PPI), esconde os imensos prejuízos trazidos à população pela PPI, assim como mascara a real intenção da direção da Petrobrás, orientada por Paulo Guedes, de tornar o país refém do mercado internacional, aumentando a ociosidade das nossas refinarias e enchendo os bolsos das empresas privadas e importadoras de combustíveis (especialmente dos Estados Unidos). Esse método entreguista só faz potencializar a capacidade de investimento das empresas do setor para a futura compra de ativos da Petrobrás e transferir emprego e renda para fora do Brasil.
A paridade de importação não se aplica a um país que através de sua estatal, Petrobrás, é autossuficiente na produção de petróleo e conta com um parque de refino capaz de atender às necessidades nacionais. Um projetado déficit de abastecimento deveria ser objeto de um plano nacional de investimentos em refinarias e não de venda do patrimônio da Petrobrás. O povo brasileiro não precisa pagar por combustíveis como se o país não produzisse petróleo ou como se não produzisse os derivados que consome!”
Dito isto, cabe dizer que a categoria petroleira não vai se curvar às manipulações de narrativas midiáticas financiadas pela medíocre burguesia brasileira e pelas petrolíferas multinacionais estrangeiras, e vai seguir adiante na defesa da Petrobrás, dos empregos e do Brasil, custe o que custar. Se “o agro é pop”, como diz o grupo O Globo em sua campanha em favor do agronegócio, os petroleiros reafirmam: “Defender o Pré-Sal é defender a Petrobrás. Defender a Petrobrás é defender o Brasil!”