A afirmação é do jornalista e economista José Carlos de Assis
A partir do dia 1º de fevereiro, o Conselho Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas está convocando caminhoneiros de todo o país a entrar em greve unificada, principalmente contra a política de preços para o diesel adotada pela Petrobrás desde 2016, que é de paridade de importação, alinhada com o mercado internacional. “Essa greve hoje é mais do que justa, pois está ancorada na realidade. Os caminhoneiros e suas famílias estão passando por dificuldades muito sérias com essa política da Petrobrás que garante fretes e taxas portuárias confortáveis para as petrolíferas estrangeiras, enquanto massacra os trabalhadores brasileiros”, diz Assis.
Decepcionados com Bolsonaro
A categoria reúne pelo menos 700 mil trabalhadores. Em 2018, o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, fez campanha com promessas de combater a política de preços praticada pela Petrobrás e acabou conquistando muitos votos de caminhoneiros por todo o Brasil. Assista o vídeo: Bolsonaro criticando a política de preços da Petrobrás
Porém, ao chegar no Planalto como presidente, Bolsonaro nada fez para melhorar a vida da categoria. Ao contrário, os reajustes no preço do diesel, inclusive durante a pandemia, chegaram a ser mensais.
Carestia de diesel é alarmante
“O caminhoneiro faz um frete de Curitiba para São Paulo e quando retorna sobram apenas R$ 200! O diesel tornou-se sócio do caminhoneiro, chegando a consumir 40% do valor a receber”, exemplifica o presidente do CNTRC, Plínio Dias. Para Assis, “o que está em jogo hoje é a política econômica e uma greve dos caminhoneiros com o apoio de outras categorias será capaz de paralisar o desmonte que está sendo feito pelo liquidificado do neoliberalismo”.
O Sindipetro-RJ apoia a greve e está mobilizado para participar das atividades agendadas!