“Parem de nos Matar!” – Petroleiros marcam presença no ato

Neste  domingo (26), no Posto 8, em Ipanema, aconteceu o Ato “Parem de nós matar!”. O protesto denunciou a política de Segurança Pública aplicada pelo governador Wilson Witzel (PSC) que já resultou em 434 pessoas no primeiro trimestre de 2019, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).

O Sindipetro-RJ marcou presença com uma barraca que disponibilizou cartilhas informativas contra a reforma da Previdência, e também material em defesa do petróleo do Brasil e contra as privatizações e desmonte da Petrobrás.

“É importante atuarmos em favor das causas populares ao lado do povo. Os sindicatos petroleiros precisam estar com a população, não só em Ipanema neste evento, mas em qualquer ato” disse o diretor do Sindipetro-RJ, Luiz Mário.

O ato começou a ser pensado em abril após a morte do gari comunitário William Mendonça dos Santos, conhecido como Nera, durante um tiroteio na favela do Vidigal, localizada na zona sul do Rio, entre os bairros do Leblon e São Conrado.

“É um direito básico, o direito a vida, que estamos reivindicando a partir do crescimento dessa onda de ódio contra as pessoas que moram nas favelas. São mulheres, negros, LGBTs que estão sendo assassinados dia a dia. Hoje neste ato estamos lembrando e uma série de pessoas que por serem negras foram abatidas, segundo uma política de Segurança Pública determinada por esse governador” – falou Natalia Russo , diretora do Sindipetro-RJ.

“É fundamental entender o quanto este Estado nos mata, mata a população negra!”, disse a presidente do Conselho Regional de Serviço Social, Dácia Teles.

Dias antes da morte do gari Nera, o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador de papel Luciano Macedo foram executados pelo Exército depois de se tornarem alvo de 80 tiros em Guadalupe, Zona Oeste, do Rio de Janeiro.

“Esse é um ato fundamental por conta do genocídio negro que observamos crescer nos últimos anos. De 2005 a 2015 foram mais de 470 mil mortes. Estamos vendo aqui depoimentos de mães que perderam seus filhos neste genocídio negro agora comandado pelo atual governador do estado do Rio de Janeiro” – observa Vinicius Camargo, diretor também do Sindipetro-RJ.

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