PAS-Brasil: perseguição pós greve, não!

Que a empresa respeite os trabalhadores e faça um trabalho sério e se corrija, ao invés de repetir e aprofundar seus erros contra quem gera seus lucros

Além da correção de rumos no tratamento do dia a dia com os profissionais, é preciso que a PAS-Brasil melhore as condições de salário e segurança. Não dá para manter uma vida digna da forma que está.

Em plena pandemia, não tem plano de saúde pra família: a preocupação e medo de um adoecimento é enorme e a ansiedade no trabalho também. Não pagam as vantagens direito. Volta e meia falta algum valor. Só têm depositado a passagem um dia antes e tarde da noite. Isso, quando depositam. E há trabalhadores que pagaram do próprio bolso para serem reembolsados e, até hoje, não o foram. Agora, esperam que se cumpra a promessa de pagamento, entre 15 e 17/07, do que é devido de hotel desde fevereiro.

Empresa deve muitas explicações

Os trabalhadores reclamam que estão tentando contato com a gerência e o RH da empresa para esclarecer algumas questões e buscar resoluções de outras (horas extras não pagas novamente), mas não obtém o devido atendimento. Ao que parece, esse tratamento está reservado aos grevistas por terem defendido o direito de receber suas remunerações. Se se comprovar, é perseguição. Agora, receberam os salários, mas estão impedidos de conferir se a empresa cumpriu o prometido, o acordado. Só têm recebido os contracheques uma semana após os pagamentos. E, por vezes, nem recebem o contracheque.

Que contrato é esse?

Depois das duas paralisações, greves, os trabalhadores informam que percebem que a PAS-Brasil está preparando uma grande retaliação. Tem contratado pessoal novo, grande maioria borracho, visando substituir os grevistas que só exerceram o direito de receber seus salários. Pior, há denúncias de que nessas contratações, nem a PAS-Brasil, nem a Petrobrás tem fiscalizado a veracidade dos certificados exigidos e do histórico das carteiras de trabalho. Se liga, gerente de contrato, seu CPF pode estar na mira e essa bomba pode ficar na sua conta!

Com calote à vista, a responsabilidade solidária e subsidiária é da Petrobrás

A Petrobrás não deve ter em seu rol de empresas contratadas, qualquer empresa que não dê o devido suporte (RH, SMS, Treinamento, etc.) aos seus empregados. Isto é aumento do risco operacional e do passivo judicial trabalhista. As duas contas acabam no colo da Petrobrás e em lesão também contra os trabalhadores. Ainda, seus padrões de contratação, devem pressupor a dignidade do trabalhador, que engloba seu núcleo familiar. É o cúmulo da usura uma empresa que cria novas riquezas na casa da centena de bilhão e gere centenas de bilhões por ano desatender a saúde da família petroleira. Pior, no médio e longo prazos, na própria lógica do capital, as novas gerações de trabalhadores lhe exigirão maiores recursos de saúde, pois não tiveram a sua preservação garantida durante o ciclo educacional.

Ainda, a Petrobrás deve coibir as empresas que atrasam salários e não pagam corretamente os direitos, especialmente as horas extras, bem como orientar seus gestores (GEPLATs, COEMB, TLT) a não cobrar trabalho fora da jornada desses profissionais, especialmente, quando sabem do atraso ou calote por parte da contratada e também não atuaram para coibi-los.

Que a Petrobrás aprofunde a fiscalização, aprimore seus requisitos de contratação e que a PAS-Brasil reveja o rumo que está tomando. Que seu proprietário Luiz e seu gerente Erikson cumpram o que prometem nas vídeos conferências.

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